Suspeito de ataque a Rushdie diz que respeita ex-aiatolá iraniano Khomeini
(Reuters) - O homem acusado de esfaquear o escritor Salman Rushdie disse que respeita o aiatolá Ruhollah Khomeini, mas não disse se foi inspirado por uma fatwa emitida pelo ex-líder iraniano, de acordo com uma entrevista ao jornal New York Post publicada nesta quarta-feira.
Hadi Matar também disse ao Post que só "leu algumas páginas" do romance de Rushdie "Os Versos Satânicos", e que um tuíte anunciando a visita do autor à Instituição Chautauqua, no Estado de Nova York, lhe deu a ideia de ir até o local.
Rushdie, de 75 anos, daria uma palestra sobre liberdade artística no local quando a polícia disse que Matar, de 24 anos, subiu ao palco e esfaqueou o escritor indiano, na sexta-feira da semana passada.
Rushdie tem uma recompensa por sua cabeça desde que "Os Versos Satânicos", publicado em 1988, levou Khomeini a emitir uma fatwa, um decreto da religião islâmica, pedindo aos muçulmanos que o matassem.
"Respeito o aiatolá. Acho que ele é uma ótima pessoa. É o máximo que posso dizer sobre isso", disse Matar, segundo o Post, em uma entrevista em vídeo da cadeia onde está preso no condado de Chautauqua.
O suspeito afirmou que "não gosta muito" de Rushdie. "Ele é alguém que atacou o islã, atacou suas crenças, os sistemas de crenças", disse ele ao Post, acrescentando que assistiu a vídeos de Rushdie no YouTube.
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