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Kremlin diz que fracasso dos acordos de Minsk levou à ofensiva na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, está sentado em frente a uma tela eletrônica durante a coletiva de imprensa anual do presidente russo Vladimir Putin, realizada online em modo de videoconferência, em Moscou, Rússia em 17 de dezembro de 2020 - MAXIM SHEMETOV/REUTERS
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, está sentado em frente a uma tela eletrônica durante a coletiva de imprensa anual do presidente russo Vladimir Putin, realizada online em modo de videoconferência, em Moscou, Rússia em 17 de dezembro de 2020 Imagem: MAXIM SHEMETOV/REUTERS

11/12/2022 14h35Atualizada em 11/12/2022 14h53

A Rússia começou o que chama de operação militar especial na Ucrânia porque estava preocupada que acordos de paz entre Kiev e separatistas apoiados por russos foram ignorados, disse um porta-voz do Kremlin, segundo agências de notícias russas, neste domingo.

O presidente Vladimir Putin lamentou esta semana o fracasso em implementar os acordos de Minsk - um cessar-fogo e uma reforma constitucional entre Kiev e forças separatistas apoiadas por russos no leste da Ucrânia, fechados em 2014 e 2015 entre Rússia, França e Alemanha, no início do conflito com a Ucrânia.

Tanto Rússia quanto Ucrânia acusaram um ao outro de violar o acordo.

Questionado por um jornalista se a Rússia entendia que estava sendo "enganada" sobre os acordos de Minsk, o porta-voz Dmitry Peskov disse: "Ao longo do tempo, claro, ficou óbvio".

"E, novamente, o presidente Putin e nossos representantes constantemente disseram isso", disse Peskov, segundo a agência de notícias TASS. "Mas tudo isso foi ignorado pelos outros participantes do processo de negociação".

"Isso tudo é precisamente o precursor da operação militar especial".

Putin foi questionado na sexta-feira sobre comentários da ex-chanceler alemã, Angela Merkel, uma das patronas dos acordos, que disse à revista Zeit, em entrevista publicada na quarta-feira, que o acordo de 2014 havia sido uma "tentativa de dar tempo à Ucrânia" - que o utilizou para se tornar mais capaz de se defender.

Imprensa e políticos da Rússia interpretaram isso como uma traição de Merkel.