Biden se encontra com aliados da Otan após alerta nuclear de Putin
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu com líderes do Leste Europeu que fazem parte da Otan nesta quarta-feira para mostrar apoio à segurança desses países depois que Moscou suspendeu um tratado histórico de controle de armas nucleares, o que ele chamou de "grande erro".
Biden chegou à capital polonesa, Varsóvia, na noite de segunda-feira, após uma visita surpresa a Kiev poucos dias antes da invasão da Ucrânia pela Rússia completar um ano, em 24 de fevereiro de 2023.
Em meio à maior tensão entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria há mais de três décadas, Biden se dirigiu a milhares de pessoas no centro de Varsóvia na terça-feira e disse que "autocratas" como o presidente russo, Vladimir Putin, devem sofrer oposição.
Horas antes, Putin fez longos comentários carregados de críticas às potências ocidentais, culpando-as pela guerra na Ucrânia. Biden disse que o Ocidente nunca conspirou para atacar a Rússia e que a invasão foi uma escolha de Putin.
Putin também recuou do tratado de controle de armas New Start, um acordo de 2010 que limita o número de ogivas nucleares estratégicas russas e norte-americanas, e alertou que Moscou pode retomar os testes nucleares.
"É um grande erro", disse Biden sobre a decisão de Putin na chegada para a reunião com aliados do Leste Europeu.
Mais cedo nesta quarta-feira, Biden se reuniu com autoridades da embaixada dos EUA em Varsóvia antes de encontrar os líderes do Bucareste 9, grupo de países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que se juntaram à aliança militar ocidental após serem dominados por Moscou durante a Guerra Fria. Entre eles, estão Bulgária, Polônia e Lituânia.
Na abertura da reunião, Biden reafirmou o compromisso dos EUA com a segurança da região.
"Como flanco oriental da Otan, vocês são a linha de frente de nossa defesa coletiva", disse Biden.
"Vocês sabem melhor do que ninguém o que está em jogo neste conflito. Não apenas pela Ucrânia, mas pela liberdade das democracias em toda a Europa e ao redor do mundo."
O Kremlin diz considerar a Otan, que em breve poderá se expandir para incluir a Suécia e a Finlândia, uma ameaça existencial à Rússia.
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