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Autópsias revelam crianças mortas de fome e asfixia em culto queniano

Polícia exuma corpos de pessoas mortas de fome por igreja extremista no Quênia  - Reprodução/Twitter
Polícia exuma corpos de pessoas mortas de fome por igreja extremista no Quênia Imagem: Reprodução/Twitter

George Obulutsa

01/05/2023 15h46

Os corpos exumados de várias crianças no leste do Quênia mostraram sinais de fome e, em alguns casos, asfixia, disse um patologista do governo nesta segunda-feira, à medida que os investigadores iniciam as primeiras autópsias em mais de 100 pessoas ligadas a um culto.

Nesta segunda-feira, os investigadores disseram ter concluído 10 autópsias, incluindo nove crianças com idades entre 18 meses e 10 anos, e uma adulta do sexo feminino, dos 101 corpos descobertos no mês passado em covas rasas na Floresta Shakahola, condado de Kilifi.

As autoridades dizem que os mortos eram seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas, liderada pelo pastor Paul Mackenzie, a quem acusam de instruir os fiéis a morrer de fome para serem os primeiros a ir para o céu antes do fim do mundo.

Oito membros do culto que foram encontrados extenuados na floresta morreram depois. Até o momento, 44 pessoas foram resgatadas.

Mackenzie está sob custódia da polícia desde 14 de abril, juntamente com outros 14 supostos membros do culto.

"Em geral, a maioria delas apresentava características de fome. Vimos características de pessoas que não haviam comido. Não havia comida no estômago", disse o patologista-chefe do governo, Johansen Oduor, a repórteres.

Duas apresentavam sinais de asfixia, acrescentou.