Israel adverte Hezbollah a não participar da guerra em Gaza
JERUSALÉM (Reuters) - O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse no sábado que as hostilidades com o Hezbollah libanês em paralelo à guerra de Gaza parecem estar contidas e avisou o grupo para não tomar medidas que possam levar à "destruição" do Líbano.
Israel está concentrando sua luta no enclave palestino, de onde homens armados do Hamas causaram um massacre sem precedentes nas cidades do sul de Israel há uma semana, e "tentando não ser arrastado para uma guerra em duas frentes", disse Tzachi Hanegbi em uma coletiva de imprensa televisionada.
Falando depois que Netanyahu visitou tropas na periferia de Gaza, em uma possível ação precursora de uma invasão terrestre, Hanegbi disse que confrontos mais contidos na fronteira libanesa mostram que o Hezbollah está "abaixo do limiar de escalada".
"Esperamos que o Hezbollah não provoque, de fato, a destruição do Líbano, porque se houver uma guerra lá o resultado não será menos do que isso", disse ele, aludindo às antigas ameaças de Israel de lançar ataques pesados contra o país, numa tentativa de conter os lançamentos do extenso arsenal de mísseis do Hezbollah.
Poucos dias antes das incursões do Hamas, que mataram cerca de 1.300 pessoas, Hanegbi havia dito numa entrevista à imprensa que o grupo islâmico palestino havia sido dissuadido de atacar Israel.
"Isso foi um erro", disse ele, acrescentando que a avaliação equivocada foi compartilhada por toda a comunidade de inteligência israelense. "Não há dúvida de que o Estado de Israel não cumpriu sua missão."
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