Conteúdo publicado há 7 meses

Biden se reunirá com presidente da China, dizem autoridades dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping, presencialmente pela primeira vez em um ano na próxima quarta-feira, de acordo com autoridades norte-americanas, em um ato de diplomacia com o objetivo de reduzir as tensões entre as duas superpotências mundiais.

O encontro à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) na área da Baía de San Francisco, pode durar horas e envolver várias autoridades de Pequim e Washington.

Espera-se que a reunião abranja questões globais, desde a guerra entre Israel e Hamas até a invasão da Ucrânia pela Rússia, os laços da Coreia do Norte com os russos, Taiwan, a região do Indo-Pacífico, direitos humanos, fentanil, inteligência artificial, bem como comércio "justo" e relações econômicas, disseram as autoridades.

"Nada será retido; tudo está sobre a mesa", disse uma autoridade do governo Biden que não quis ser identificada aos repórteres.

"Estamos muito atentos a isso. Sabemos que os esforços para moldar ou reformar a China ao longo de várias décadas fracassaram. Mas esperamos que a China esteja presente e seja um ator importante no cenário mundial pelo resto de nossas vidas."

As autoridades norte-americanas, que vêm pressionando pela reunião há quase um ano, acreditam que Pequim tem trabalhado ativamente para minar a política dos EUA em todo o mundo.

A Casa Branca confirmou o dia da reunião em comunicado nesta sexta-feira. O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta sexta que Xi vai visitar os EUA de 14 a 17 de novembro, participar da cúpula Apec e se reunir com Biden.

Biden e Xi conversarão em meio a diversas diferenças ideológicas pela primeira vez desde novembro de 2022. A equipe do presidente dos EUA planejou uma blitz diplomática para reparar relações hostis depois que Biden ordenou o abate de um suposto balão espião chinês que transitou pelos céus de seu país em fevereiro.

Espera-se que o principal resultado seja uma maior diplomacia - promessas de conversar mais sobre questões importantes, incluindo clima, saúde global, estabilidade econômica, esforços antidrogas e, possivelmente, a retomada de alguns canais militares após um congelamento de alto nível.

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Mas será difícil obter um progresso profundo. Os dois países se consideram cada vez mais presos em uma competição direta para garantir uma vantagem militar, dominar a economia do século 21 e conquistar o afeto dos países de segundo escalão, segundo autoridades norte-americanas e chinesas.

Entre outros tópicos sensíveis, espera-se que Biden levante as "operações de influência" chinesas em eleições estrangeiras e a situação dos cidadãos norte-americanos que Washington acredita estarem injustamente detidos na China.

Biden deve dizer a Xi que os compromissos dos EUA no Indo-Pacífico permanecem inalterados. A China tem preocupado seus vizinhos nos últimos anos com ações no Estreito de Taiwan, no Mar do Sul da China e no Mar do Leste da China, áreas de disputa internacional. Biden também expressará um compromisso específico com a segurança das Filipinas, disse uma das autoridades norte-americanas.

Ele também deve pressionar Xi a convencer o Irã de que não seria sensato tentar expandir o conflito no Oriente Médio, disse a autoridade.

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