Zelenskiy e autoridades dos EUA defenderão financiamento para Ucrânia a senadores

Por Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelenskiy, e autoridades do governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, argumentarão aos senadores norte-americanos nesta terça-feira por que uma nova infusão de assistência militar é necessária para ajudar a Ucrânia a repelir os invasores russos.

Autoridades norte-americanas dizem que os EUA gastarão tudo o que têm disponível para a Ucrânia até o final do ano, uma previsão terrível que ocorre no momento em que Kiev tem lutado para fazer grandes avanços em sua contraofensiva diante da Rússia.

Em outubro, o governo de Biden solicitou ao Congresso quase 106 bilhões de dólares para financiar planos ambiciosos para Ucrânia, Israel e a segurança das fronteiras dos EUA, mas os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados com uma pequena maioria, rejeitaram o pacote.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, um aliado próximo de Biden, anunciou na noite de segunda-feira que o governo convidou Zelenskiy para falar aos senadores por vídeo como parte de uma reunião secreta nesta terça-feira "para que possamos ouvir diretamente dele exatamente o que está em jogo nessa votação".

Além disso, espera-se que várias autoridades de alto escalão do governo, incluindo o secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o secretário de Estado, Antony Blinken, falem com os senadores nesta terça-feira.

Schumer também deu início ao processo de apresentação de um projeto de lei de ajuda emergencial Ucrânia-Israel no plenário do Senado.

"A segurança nacional dos Estados Unidos está em jogo em todo o mundo" com o destino da ajuda à Ucrânia, disse Schumer em um discurso no Senado. "Autocratas e ditadores estão travando uma guerra contra a democracia, contra nossos valores, contra nosso modo de vida. É por isso que a aprovação desse suplemento é tão importante. Ela pode determinar a trajetória da democracia nos próximos anos."

Zelenskiy disse à Reuters em uma entrevista em novembro que, apesar da lentidão, a Ucrânia tentaria apresentar resultados no campo de batalha até o final do ano e que ele continuava certo de que Kiev acabaria tendo sucesso na guerra, apesar das dificuldades na linha de frente.

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Mas a paralisação do esforço para obter assistência dos EUA tem alarmado a Casa Branca, que teme que a falta de ajuda à Ucrânia aumente a probabilidade de vitórias russas.

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