China diz que seus caças monitoraram avião de patrulha da Marinha dos EUA sobre Estreito de Taiwan

PEQUIM (Reuters) - As Forças Armadas da China disseram nesta quarta-feira que enviaram caças para monitorar e alertar uma aeronave de patrulha da Marinha dos Estados Unidos que sobrevoou o sensível Estreito de Taiwan, em uma missão que ocorreu semanas antes das eleições em Taiwan.

A China reivindica a soberania sobre a ilha, que é governada democraticamente, e diz que tem jurisdição sobre o estreito. Taiwan e os EUA contestam essa afirmação, dizendo que a região é uma hidrovia internacional.

A 7ª Frota da Marinha dos EUA disse que o avião de patrulha e reconhecimento marítimo P-8A Poseidon, que também é usado para missões antissubmarino, sobrevoou o estreito no espaço aéreo internacional.

"O trânsito da aeronave pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto. As Forças Armadas dos Estados Unidos voam, navegam e operam em qualquer lugar que a lei internacional permita", afirmou em um comunicado.

Os militares da China descreveram o voo como "propaganda pública", acrescentando que enviaram caças para monitorar e alertar o avião norte-americano e "lidar com ele de acordo com a lei e os regulamentos".

"As tropas no teatro de operações estão sempre em alerta máximo e defenderão resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais", afirmou o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular em um comunicado.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que suas forças monitoraram a aeronave dos EUA enquanto ela voava para o sul através do estreito e descreveu a situação como "normal".

A última vez que a Marinha dos EUA anunciou que um Poseidon havia voado pelo estreito, em outubro, a China disse que havia enviado caças para monitorar e alertar a aeronave.

Taiwan está se preparando para eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro, que a China tem apresentado como uma escolha entre a guerra e a paz.

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A China tem intensificado sua atividade militar em torno da ilha nos últimos quatro anos, incluindo a realização de duas rodadas de grandes exercícios militares no último ano e meio.

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