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Pelo menos 66% dos empregos foram perdidos em Gaza desde a guerra, diz OIT

Tropas israelenses operam na Faixa de Gaza Imagem: Reprodução Forças de Defesa e Israel

20/12/2023 10h21Atualizada em 20/12/2023 10h34

GENEBRA (Reuters) - Pelo menos 66% dos empregos foram perdidos em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na quarta-feira, alertando que as perdas de emprego podem continuar aumentando no enclave.

As perdas somam um total de 192 mil empregos no pequeno território palestino, disse a OIT em sua segunda avaliação do impacto dos ataques aéreos e terrestres israelenses em Gaza, que começaram depois de uma incursão mortal na fronteira por homens armados do Hamas em 7 de outubro.

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Em uma primeira avaliação divulgada no início de novembro, a OIT estimou que 182.000 empregos haviam sido perdidos em Gaza, um número que representa mais de 60% dos empregos.

"Atualmente, quase ninguém em Gaza consegue obter renda do trabalho", disse Peter Rademaker, vice-diretor regional da OIT para os Estados Árabes.

"É claramente uma curva ainda crescente", afirmou ele sobre a perda de empregos. "Pode até piorar."

Os empregos também estão sendo perdidos em grande escala na Cisjordânia ocupada por Israel, onde as Nações Unidas registraram um aumento na violência contra os palestinos desde o início do conflito.

A OIT estimou que cerca de 32% dos empregos foram perdidos desde 7 de outubro, o equivalente a 276.000 vagas.

Mesmo antes da guerra e do endurecimento do bloqueio econômico de Israel à Faixa de Gaza, cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes do estreito enclave costeiro vivia abaixo da linha da pobreza.

(Reportagem de Gabrielle Tétrault-Farber)

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