Republicanos da ala linha-dura pedem que presidente da Câmara abandone negociação de gastos

WASHINGTON (Reuters) - Republicanos da ala linha-dura da Câmara dos Deputados dos EUA pediram que o presidente da casa, Mike Johnson, abandone as negociações com democratas do Senado de uma legislação orçamentária bipartidária para evitar a paralisação do governo e, em vez disso, implemente um corte de gastos automático, acordado por seu antecessor. 

O ultraconservador Freedom Caucus, que representa cerca de três dúzias da maioria republicana de 219 a 212 de Johnson na Câmara, promoveu a ideia em uma carta, no momento em que líderes do Congresso correm para completar a legislação e evitar uma possível paralisação parcial do governo a partir do começo do próximo mês. 

Os deputados da ala linha-dura, cujas demandas por profundos cortes de gastos e políticas conservadoras impediram o progresso de leis orçamentárias na Câmara ano passado, estão preocupados com a possibilidade de Johnson e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, apresentarem em breve uma legislação com compromissos de gastos e políticas que eles rejeitam. 

“Em vez disso, podemos aprovar uma resolução de financiamento de um ano que economizaria 100 bilhões de dólares aos norte-americanos no primeiro ano”, disseram os 28 membros do bloco linha-dura a Johnson na carta. 

A carta se referia a uma seção da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2023 que exige corte geral de 1%, se o governo federal estiver sendo financiado por medidas temporárias em 30 de abril. O atual ano fiscal começou em 1º de outubro e, desde então, o governo está sendo financiado por uma série de projetos de lei temporários de curto prazo. 

Não ficou claro se a sugestão faria alguma diferença para Johnson ou para outros líderes republicanos da Câmara. 

(Reportagem de David Morgan em Washington e Maria Ponnezhath em Bengaluru)

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