Agricultores franceses podem realizar mais protestos, diz sindicato

PARIS (Reuters) - Os agricultores franceses poderão realizar mais protestos e bloqueios nas próximas semanas para pressionar o governo a cumprir suas promessas de ajudar o setor, disse o chefe do maior sindicato agrícola da França, o FNSEA, neste domingo.

Os agricultores de toda a Europa vêm protestando há semanas contra o que eles dizem ser regras ambientais excessivamente restritivas, a concorrência de importações de fora da União Europeia, além do aumento dos custos e da baixa renda.

O chefe do sindicato, Arnaud Rousseau, falou à BFM TV no último dia da feira agrícola de Paris e antes de uma reunião entre o presidente da França, Emmanuel Macron, representantes do sindicato dos agricultores e outras partes interessadas no palácio do Eliseu em meados de março.

"Esperar que em 15 dias tudo esteja resolvido é um erro. Os agricultores precisam de algo concreto... Poderá haver uma série de ações para garantir que as coisas aconteçam nos próximos dias", disse Rousseau, sem fornecer mais detalhes. "As brasas estão quentes, isso ainda não acabou... algumas regiões estão planejando manter os protestos", disse ele.

Em 24 de fevereiro, um grupo de agricultores franceses invadiu a feira agrícola de Paris antes da visita de Macron, interrompendo o início da feira.

O Ministro da Agricultura, Marc Fesneau, em resposta a Rousseau disse neste domingo: "Precisamos continuar o trabalho... cabe a nós tirar as dúvidas."

No mês passado, os agricultores franceses suspenderam em grande parte os protestos depois que o primeiro-ministro, Gabriel Attal, prometeu novas medidas no valor de 400 milhões de euros para apoiá-los.

Mas alguns protestos foram retomados para pressionar o governo a fornecer mais ajuda aos agricultores e cumprir as promessas.

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