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Hamas analisa proposta israelense, mas diz que não atende demandas palestinas

Palestinos que se refugiaram em Rafah deixam a cidade para regressar a Khan Yunis depois de Israel retirar parte das tropas do sul da Faixa de Gaza Imagem: Mohammed Abed/AFP

Nidal al;Mughrabi;

09/04/2024 08h16Atualizada em 09/04/2024 09h25

O Hamas disse nesta terça-feira que uma proposta israelense de cessar-fogo na guerra em Gaza não atendeu a nenhuma das demandas das facções militantes palestinas.

A proposta foi entregue ao Hamas por mediadores de Egito e Catar em conversações no Cairo, com o objetivo de encontrar uma saída para a guerra devastadora no enclave palestino, agora em seu sétimo mês.

Enquanto isso, as forças israelenses intensificaram os bombardeios em Deir Al-Balah e Rafah, no centro e no sul da Faixa de Gaza, nesta terça-feira, duas áreas que não foram invadidas até então, segundo médicos e moradores.

Um ataque aéreo matou um chefe municipal no campo de refugiados de Al-Maghazi, na região central de Gaza, de acordo com o Hamas. Israel disse que ele era um oficial militar.

As conversações no Cairo, que também contaram com a presença do diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA, William Burns, até agora não conseguiram chegar a um avanço para interromper a guerra.

O Hamas afirmou que uma nova proposta israelense não atendeu às suas exigências.

"O movimento (Hamas) está interessado em chegar a um acordo que ponha fim à agressão ao nosso povo, apesar de a posição israelense permanecer intransigente e não atender a nenhuma das demandas do nosso povo e da nossa resistência", declarou o Hamas em um comunicado.

No entanto, disse que estudaria melhor a proposta e entregaria sua resposta aos mediadores.

Autoridades do Hamas disseram à Reuters na segunda-feira que o grupo rejeitou a proposta israelense de cessar-fogo e que não houve progresso nas negociações.

O Hamas quer que qualquer acordo garanta o fim da ofensiva militar israelense, a retirada das forças israelenses de Gaza e permita que as pessoas deslocadas retornem às suas casas em todo o enclave.

Israel deseja garantir a libertação dos reféns capturados pelo Hamas no ataque transfronteiriço de 7 de outubro que desencadeou o conflito e neutralizar o Hamas - que governa Gaza - como uma ameaça.

O governo israelense disse que está interessado em chegar a um acordo de prisioneiros por reféns, pelo qual libertaria vários palestinos detidos em suas prisões em troca dos reféns em Gaza, mas não estava pronto para encerrar a ofensiva militar.

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