Stella Assange promete continuar lutando antes de data crucial na corte de Londres

Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) - Dentro de uma semana, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, poderá estar em um voo para os Estados Unidos no final de sua batalha jurídica de anos para evitar a extradição. Aconteça o que acontecer, sua esposa Stella promete que a luta por sua liberdade continuará.

Em uma audiência na Alta Corte de Londres na segunda-feira, os juízes devem decidir se aceitam as garantias dos EUA, o que abriria caminho para que ele seja enviado para o outro lado do Atlântico para enfrentar 18 acusações, quase todas sob a Lei de Espionagem.

"É impossível realmente se preparar para esse momento. O que eu sinto é que tudo pode acontecer, que Julian pode estar muito perto de ser libertado, ou pode estar muito perto de ser colocado em um avião e nunca mais ver a liberdade", disse Stella Assange em entrevista à Reuters.

A decisão da Alta Corte pode pôr fim às batalhas legais de Assange no Reino Unido, que se arrastam há mais de 13 anos, desde que o WikiLeaks estourou no cenário mundial com detalhes do que foi a maior violação de segurança desse tipo na história militar dos EUA.

Se os juízes concordarem com a extradição, somente uma intervenção da Europa poderá impedi-la.

"A menos que a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) impeça a extradição, e eles consigam agir a tempo, e nós consigamos entrar com o processo a tempo - todos esses 'se' - então Julian poderá estar em um jato militar para os Estados Unidos, daqui a uma semana", disse Stella, que acrescentou ter "muita fé" na CEDH.

À medida que o relógio avança para a audiência de segunda-feira, ela disse que seu marido estava muito estressado e tinha dificuldade para dormir, ao mesmo tempo em que é um momento muito difícil para ela e sua família.

"Meu coração está se preparando para a vitória. Mas tenho que manter minha cabeça focada no fato de que ele está muito perto de ser extraditado", disse.

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Ela afirmou que não havia contado aos dois filhos do casal, hoje com 7 e 5 anos, sobre a extradição, dizendo que não queria "infligir a incerteza e a perspectiva de eles perderem o pai para sempre".

"Tudo o que eles sabem é que ele não deveria estar na prisão e que estamos lutando para tirá-lo de lá", disse Stella, uma advogada que conheceu o marido quando entrou para a equipe jurídica dele há mais de uma década.

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