Biden vai à cúpula do G7 com foco em ajuda à Ucrânia e apoio da China à Rússia

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viaja à Itália nesta quarta-feira para reuniões com líderes do G7 em busca de aumentar a pressão sobre a Rússia, em razão da guerra contra a Ucrânia, e sobre a China, por seu apoio a Moscou e seu excesso de capacidade industrial.

Os líderes do grupo chegam à cúpula enfrentando uma série de problemas domésticos, ao mesmo tempo em que buscam soluções para muitos das questões mais urgentes do mundo.

Biden passou a noite de terça-feira em sua casa em Wilmington, no Estado de Delaware, depois que um júri condenou seu filho Hunter por mentir sobre uso de drogas durante a compra ilegal de uma arma em 2018, tornando-o o primeiro filho de um presidente dos EUA em exercício a ser condenado por um crime.

O julgamento ocorreu após a condenação criminal de Donald Trump, o primeiro ex-presidente dos EUA a ser considerado culpado de um crime. Biden e Trump se enfrentarão na eleição presidencial de novembro e estão empatados nas pesquisas de opinião.

Os chefes das democracias mais desenvolvidas do mundo abordarão vários desafios durante o encontro de 13 a 15 de junho, incluindo guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, desequilíbrios comerciais com a China, ameaças representadas pela inteligência artificial e desafios de desenvolvimento na África.

Os líderes anunciarão novas sanções e controles de exportação contra a Rússia, que visam entidades e redes que ajudam as forças do presidente Vladimir Putin na guerra na Ucrânia, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, na terça-feira. "Vamos continuar aumentando os custos da máquina de guerra russa", disse Kirby.

Washington planeja ampliar as sanções sobre a venda de chips semicondutores e outros produtos para a Rússia, com o objetivo de atingir vendedores terceirizados na China, disseram fontes familiarizadas com os planos.

O reforço do financiamento para a Ucrânia será uma das principais prioridades da reunião do G7, com as autoridades norte-americanas e europeias ansiosas por encontrar soluções, antes de uma possível reeleição de Trump e da incerteza que isso gerará sobre o futuro apoio dos EUA a Kiev.

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O G7 e a União Europeia estão considerando como usar os lucros gerados pelos ativos russos congelados no Ocidente para fornecer à Ucrânia um grande empréstimo inicial, a fim de garantir o financiamento de Kiev para 2025.

Biden pressionará os outros líderes do G7 a concordar com um plano para usar os juros futuros de cerca de 281 bilhões de dólares de fundos do banco central russo para garantir um empréstimo de 50 bilhões de dólares à Ucrânia.

Os líderes do G7 também enfrentam desafios eleitorais, com as pesquisas indicando que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, provavelmente perderá o poder em uma votação nacional no próximo mês, e os líderes da França e da Alemanha estão sofrendo pesadas derrotas nas recentes eleições para o Parlamento Europeu.

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