Premiê britânico cita o fato de ter crescido sem TV por assinatura como exemplo de dificuldade

LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, cuja família é mais rica do que o Rei Charles segundo estimativas, disse que passou a infância sem "muitas coisas", inclusive a tv por assinatura Sky TV, quando lhe perguntaram se ele estava em contato com as lutas das pessoas comuns.

Sunak, filho de um médico e de uma farmacêutica, é o primeiro-ministro mais rico da história britânica devido a uma combinação de sua carreira anterior no setor financeiro e à fortuna da família de sua esposa, cujo pai fundou a empresa indiana de serviços de tecnologia da informação Infosys.

Em uma entrevista para a ITV a ser transmitida nesta quarta-feira, Sunak citou a recusa de seus pais em pagar pelo canal por assinatura como um exemplo de coisas que ele teve que "passar sem", porque ele disse que eles estavam fazendo sacrifícios para pagar por sua educação.

Quando lhe pediram para dar um exemplo específico de algo que ele não teve quando criança, ele disse: "Há todo tipo de coisa que eu gostaria de ter tido quando criança e que não pude ter. Famosamente, a Sky TV, que foi algo que nunca tivemos quando éramos crianças".

O Partido Trabalhista, de oposição, tentou usar a fortuna pessoal de Sunak para acusá-lo de estar fora de contato com os problemas enfrentados pela maioria das pessoas np Reino Unido.

O patrimônio líquido da família de Sunak é estimado em pouco mais de 650 milhões de libras (828 milhões de dólares), o que o coloca em 245º lugar na lista do Sunday Times de 2024 dos britânicos mais ricos, à frente do Rei Charles, em 258º lugar.

No início deste ano, os trabalhistas classificaram como de mau gosto a decisão de Sunak de concordar com uma aposta de 1.000 libras de que seu governo enviaria solicitantes de asilo para Ruanda e que a maioria das pessoas não poderia se dar ao luxo de apostar.

A entrevista de Sunak à ITV causou-lhe constrangimento na semana passada, depois que ele interrompeu sua participação nas comemorações do Dia D no norte da França para gravá-la.

Mais tarde, o primeiro-ministro se desculpou, dizendo que foi "um erro não ter ficado mais tempo", depois que os partidos de oposição consideraram o fato um descumprimento do dever.

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(Reportagem de Andrew MacAskill)

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