Presidente eleita do México diz que pesquisas mostram apoio à reforma judicial

Por Sarah Morland

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Pesquisa encomendadas pelo partido governista Morena, mostram apoio à proposta de reforma do Poder Judiciário no México, inclusive à eleição popular de juízes da Suprema Corte, disse a presidente eleita Claudia Sheinbaum nesta segunda-feira.

“Essas pesquisas são informação, elas não têm outro objetivo”, disse Sheinbaum, em uma entrevista coletiva. “É apenas informação a ser considerada nas discussões que começarão nos próximos dias.”

Ela deve realizar reuniões com senadores e parlamentares da câmara baixa na terça-feira e prometeu fóruns públicos para discutir o plano de maneira mais abrangente.

Segundo três pesquisas encomendadas pelo Morena, que conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições gerais de 2 de junho, cerca de 80% das pessoas acreditam que é necessário reformar o Sistema Judiciário.

De acordo com as três pesquisas, aproximadamente 70% apoiaram a eleição popular de juízes da Suprema Corte, e quase 90% apoiam um órgão supervisor independente do Judiciário para investigar possíveis irregularidades ou corrupção. Cerca de 40% disseram que acreditam que a maioria dos juízes, magistrados e ministros são corruptos.

As pesquisas entrevistaram conjuntamente 3.855 pessoas entre 14 e 16 de junho, com margens de erro de pouco menos de 3%.

O peso caiu brevemente após o anúncio de Sheinbaum sobre a pesquisa, antes de se estabilizar em torno de 18,5 pesos em relação ao dólar.

“Os investidores não precisam se preocupar, esta é uma pesquisa e depois haverá diálogo e debate”, disse Sheinbaum a repórteres. “O peso é uma moeda forte e continuará sendo durante o meu mandato.”

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Sheinbaum, que assumirá o poder em outubro no lugar do seu mentor, o presidente Andrés Manuel López Obrador, acrescentou que anunciará os primeiros indicados ao seu gabinete na quinta-feira.

(Reportagem de Lizbeth Diaz, Raul Cortes, Noe Torres, Ana Isabel Martinez e Sarah Morland na Cidade do México)

((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS AC

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