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Líder financeiro da extrema-direita promete contenção fiscal e posição pró-negócios

24/06/2024 09h44

Por Leigh Thomas

PARIS (Reuters) - Um novo governo francês liderado pelo Reunião Nacional, de Marine Le Pen, encerraria décadas de elevados déficits orçamentários e cumpriria as regras fiscais da União Europeia, afirmou o líder financeiro do partido à Reuters. 

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O parlamentar do RN, Jean-Philippe Tanguy, é considerado um dos candidatos mais prováveis a liderar o Ministério das Finanças da França se o seu partido anti-imigração conseguir uma maioria absoluta na eleição parlamentar de dois turnos, marcados para 30 de junho e 7 de julho. 

"Não permitiremos que o déficit saia de controle. Não usaremos qualquer margem de manobra, que a França não tem mais, e vamos romper com 50 anos de déficits sistemáticos", disse Tanguy, em uma entrevista no domingo. 

A seis dias do primeiro turno da eleição, economistas afirmam que ainda não está claro como grande parte dos planos de gastos da extrema-direita será financiado. A aliança centrista do presidente Emmanuel Macron afirmou que o RN faria com que o déficit e a dívida explodissem. 

O RN está empenhado em demonstrar que o público pode confiar no partido com as finanças do país, se ele assumir o poder pela primeira vez após anos às margens da política.  

Macron convocou eleições legislativas antecipadas após seu partido centrista ter sido derrotado pelo RN na eleições deste mês para o Parlamento Europeu. A sua decisão inicialmente desencadeou um forte movimento de venda de ações e títulos franceses, com investidores assustados com a perspectiva da extrema-direita ou da extrema-esquerda -- ambas ligadas a políticas custosas -- assumindo o poder. 

O RN ampliou seu apoio na eleição europeia muito além de seus bastiões tradicionais na região norte e na costa do Mediterrâneo, com promessa de reverter o declínio dos padrões de vidas dos eleitores.

Tanguy afirmou que o programa do seu partido será inteiramente financiado pelo fechamento de brechas fiscais, redução da burocracia e cortes de gastos, especialmente de benefícios sociais para imigrantes. 

(Reportagem de Leigh Thomas; reportagem adicional de Elizabeth Pineau)

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