Oposição venezuelana diz que EUA deveriam fazer 'muito mais' contra Maduro
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos deveriam fazer "muito mais" em meio a uma disputa eleitoral que já dura mais de um mês no país sul-americano.
Espera-se que os Estados Unidos sancionem cerca de 60 autoridades do governo venezuelano e seus familiares nas primeiras medidas punitivas após a votação de julho, disseram duas fontes à Reuters no mês passado.
"Os Estados Unidos deveriam fazer muito mais", disse Machado em uma entrevista coletiva virtual. "As empresas devem entender que é de seu interesse, bem como dos credores da Venezuela, que a transição ocorra o mais rápido possível."
A autoridade eleitoral nacional da Venezuela e seu tribunal superior disseram que o presidente Nicolás Maduro foi o vencedor da eleição com pouco mais da metade dos votos, mas as contagens da oposição mostram uma vitória retumbante do candidato de sua coalizão, Edmundo González.
A oposição, alguns países ocidentais e órgãos internacionais, como um painel de especialistas da ONU, afirmaram que a votação não foi transparente e exigiram a publicação das apurações completas. Alguns deles denunciaram que houve fraude.
Muitos países, inclusive os EUA, também criticaram um mandado de prisão para González, emitido após semanas de comentários de autoridades de alto escalão do governo de que González e outros membros da oposição deveriam ir para a cadeia.
O governo chama a oposição de um movimento fascista aliado às forças imperialistas do exterior e a culpa pelas mortes nos protestos. Os oponentes acusam o governo de estar realizando uma campanha de repressão.