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Promotor recomenda liberdade condicional para irmãos Menendez após 35 anos

Os irmãos Lyle e Erik Menendez foram condenados à prisão perpétua por assassinarem os pais em 1989 Imagem: Getty Images

Daniel Trotta;

25/10/2024 07h29Atualizada em 25/10/2024 07h29

Um promotor de Los Angeles disse nesta quinta-feira que pediria a um juiz que libertasse Erik e Lyle Menendez em liberdade condicional depois de quase 35 anos de prisão pelo assassinato de seus pais, quando surgiram novas evidências indicando que eles foram abusados sexualmente por seu pai durante anos.

Os irmãos Menendez, hoje com 56 e 53 anos, foram condenados após o segundo de dois julgamentos altamente divulgados que cativaram os Estados Unidos na década de 1990 devido à sua riqueza e privilégio como filhos de um executivo de uma gravadora e do setor de entretenimento.

O promotor do condado de Los Angeles George Gascon disse em uma coletiva de imprensa que recomendaria a um juiz na sexta-feira que suas sentenças de prisão perpétua fossem substituídas por uma sentença de 50 anos a prisão perpétua e que eles pudessem obter liberdade condicional imediatamente devido à sua pouca idade na época dos assassinatos em 1989. Lyle tinha 21 anos e Erik tinha 18.

"Creio que eles pagaram sua dívida com a sociedade", disse Gascon, destacando seu bom comportamento na prisão.

Não ficou imediatamente claro quanto tempo levaria para o tribunal se pronunciar.

Alguns membros da extensa família Menendez, inclusive a irmã do pai assassinado, pediram que eles fossem libertados.

Jose Menendez levou um tiro na nuca, enquanto Kitty Menendez foi alvejada 15 vezes em sua casa em Beverly Hills.

Uma recente série da Netflix contando suas histórias trouxe de volta o interesse no caso, mas há mais de um ano advogados de defesa têm conversado com procuradores sobre anular a sentença e realizar um novo julgamento, citando evidências que embasariam o argumento dos irmãos de que foram molestados por anos.

No primeiro julgamento de ambos, que atraiu holofotes na televisão e terminou com um júri em um impasse em 1994, eles disseram que foram abusados sexualmente por ambos os pais durante anos e agiram em legítima defesa, e que Jose ameaçou matá-los se revelassem o abuso.

Promotores argumentaram que eles queriam se apossar da fortuna multimilionária dos pais.

Um júri os condenou em um segundo julgamento não televisionado, mas aquele mesmo júri negou a pena de morte, optando em vez disso por uma prisão perpétua sem direito a liberdade condicional.

Gascon afirmou não haver dúvidas de que os irmãos mataram seus pais, mas citou novas evidências, incluindo uma carta que Erik supostamente escreveu para um primo oito meses antes dos assassinatos, descrevendo o abuso. Segundo ele, se as evidências tivessem sido apresentadas à época do julgamento, o resultado poderia ter sido diferente.

Investigadores também estão examinando acusações de que um membro da banda Menudo teria sido abusado por Jose Menendez. Essas alegações se tornaram públicas em um documentário no ano passado.

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