Promotores franceses pedem que Carlos Ghosn e ministra da Cultura da França sejam julgados em caso de corrupção
PARIS (Reuters) - A promotoria francesa para crimes financeiros solicitou que o ex-executivo do setor automobilístico Carlos Ghosn e a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, sejam julgados após uma investigação sobre corrupção, informou uma fonte judicial na sexta-feira.
Um juiz deve tomar uma decisão sobre o pedido.
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Os investigadores estavam investigando os honorários de consultoria que a ministra da cultura francesa, Rachida Dati, recebeu da aliança automotiva Renault-Nissan. A aliança, que era presidida por Ghosn, contratou Dati como consultora depois que ela deixou o cargo de ministra da Justiça para se candidatar ao Parlamento Europeu.
Dati negou irregularidades nos honorários que recebeu durante esse período e Ghosn, que fugiu do Japão em uma caixa a bordo de um jato particular para o Líbano, negou as alegações de má conduta contra ele.
Ghosn, que tem cidadania francesa, libanesa e brasileira, não sai do Líbano desde 2019 por causa de um alerta vermelho da Interpol emitido pelo Japão.
Os representantes do Ministério da Cultura não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Os representantes da Renault e o advogado de Ghosn não quiseram comentar.