Câmara dos Deputados dos EUA aprova impor sanções ao TPI por mandado de prisão contra Netanyahu
Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou na quinta-feira para impor sanções ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em protesto contra os mandados de prisão emitidos pela corte contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa por causa da campanha de Israel em Gaza.
A votação por 243 votos a 140 do "Illegitimate Court Counteraction Act", que sancionaria qualquer estrangeiro que investigasse, prendesse, detivesse ou processasse cidadãos norte-americanos ou de um país aliado, incluindo Israel, que não fossem membros do tribunal.
Quarenta e cinco democratas se juntaram a 198 republicanos para apoiar o projeto de lei. Nenhum republicano votou contra.
"Os Estados Unidos estão aprovando esta lei porque um tribunal canguru está tentando prender o primeiro-ministro de nosso grande aliado, Israel", disse o deputado Brian Mast, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, em um discurso na Casa antes da votação.
A votação na Câmara, uma das primeiras desde que o novo Congresso norte-americano tomou posse na semana passada, ressaltou o forte apoio dos colegas republicanos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ao governo de Israel, agora que eles controlam as duas Casas do Congresso.
O TPI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O primeiro governo de Trump impôs sanções ao TPI em 2020 em resposta às investigações sobre crimes de guerra no Afeganistão, incluindo alegações de tortura por cidadãos norte-americanos.
Essas sanções foram suspensas pelo governo do presidente Joe Biden, embora o secretário de Estado Antony Blinken tenha dito em maio do ano passado que estava disposto a trabalhar com o Congresso para potencialmente impor novas sanções ao TPI devido ao pedido do promotor de mandados de prisão para líderes israelenses.
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