Parisienses votam em referendo projeto que prevê fim do uso da gasolina na cidade até 2030
O projeto, adotado por unanimidade no Conselho de Paris em novembro de 2017, propõe 500 medidas como a interdição da circulação na cidade de veículos movidos a óleo diesel em 2024 e à gasolina em 2030. A prefeitura aposta, portanto, nos carros elétricos e em sua oferta de transportes coletivos para dar conta da demanda. De acordo com o gabinete de Anne Hidalgo, 60% dos parisienses não têm carro próprio.
Também está na pauta o uso de “50% de produtos com etiqueta ‘bio’ e ‘locais’” nas cantinas das escolas até 2020 e o fim da importação de mercadorias que causam o desmatamento das 3 grandes florestas tropicais do mundo (Amazônia, Ásia do Sudeste e Bacia do Congo). O projeto prevê ainda mudanças na habitação, nos espaços verdes, na produção de energias renováveis e em transportes alternativos, como as bicicletas.
Para Célia Blauel, secretária-adjunta da pasta de meio ambiente da prefeitura, a iniciativa busca “questionar os parisienses sobre a possibilidade de colocar o Plano em ação, mas sobretudo incitar todas as pessoas a se engajarem”. Caso o “não” vença, o projeto ainda será executado, mas suas propostas serão revistas e reapresentadas.
Partidos da direita acusam Hidalgo de querer aparecer antes das eleições
A iniciativa foi duramente criticada pela oposição, que lembra a vitória unânime do Plano já obtida no Conselho de Paris. Para o partido da direita conservadora Os Republicanos, Anne Hidalgo “utiliza o conflito climático como diversão” e “busca obter um plebiscito para se relançar” antes das eleições municipais.
Os opositores também afirmam que a instalação de urnas em frente a escolas é “contrária às regras mais elementares de segurança” em uma época de ameaça terrorista. “Simulacro de democracia”, afirma Danielle Simonnet, do partido França Insubmissa, da esquerda radical, para quem um referendo sobre os Jogos Olímpicos teria sido mais “democrático”.
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