Governo de Rajoy é derrubado por moção de censura no Parlamento da Espanha
Luisa Belchior, correspondente da RFI em Madri
Quem assume agora o governo da Espanha é o líder da oposição, o socialista Pedro Sánchez. Isso porque foi ele quem apresentou na Câmara dos Deputados a moção de censura na semana passada.
Os deputados discutem se Sánchez convoca diretamente eleições ou se segue no poder e completa a legislatura atual, que vai até o fim de 2019. Na Espanha, diz-se que o mais provável é que ele opte por seguir governando. Neste caso, ainda no sábado (2) Sánchez pode ser empossado pelo rei Feipe Vi.
A decisão da Câmara surpreendeu, porque até semana passada Rajoy tinha apoio da maioria. O que aconteceu é que por um lado, Pedro Sánchez foi costurando apoios desde a semana passada, quando apresentou a moção. Aos poucos, os partidos que apoiam Rajoy foram ficando isolados, e também constrangidos por sustentar um goveno de um partido que foi formalmente acusado de corrupção pela Justiça. A maioria sabe que isso teria um custo político e eleitoral forte, já que há uma grande rejeição neste momento ao governo derrubado.
Líder mais impopular da Espanha
As pessoas, em geral, apoiam essa moção. Até mesmo quem defendia o governo, diz agora estar decepcionado. Rajoy deixa o comando da Espanha com a pior aprovação a um chefe de governo em toda a história democrática da Espanha. Sobretudo por conta do desgaste polítco com os casos de corrupção.
O principal deles foi o chamado caso Gurtel, conhecido como a Lava-Jato espanhola, que desde 2009 investigava um esquema de caixa dois dentro do Partido Popular. Na semana passada, a Audiência Nacional, a mais alta corte da Justiça espanhola, encerrou a primeira fase do caso, condenando portanto o PP, embora não diretamente a Mariano Rajoy.
O ex-chefe de governo da Espanha falou na Câmara na manhã desta sexta-feira. Ele disse que deixa o governo com a certeza de ter deixado o país melhor que quando a encontrou quando assumiu o poder.
Rajoy governava o país desde 2011. Na época, o Partido Popular ganhou as eleições e tirou o poder das mãos do Partido Socialista, que governava com José Luis Rodríguez Zapatero.
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