França celebra 14 de julho sob forte esquema de segurança
Como todos os anos, desde 1790, um ano depois da Queda da Bastilha, os franceses comemoram o 14 de julho. O desfile, que neste ano acontece na véspera da final da Copa do Mundo disputada pela seleção francesa, começou pontualmente às 10h na avenida Champs Elysée.
O desfile mobilizou mais de 4.000 militares, 220 veículos, 250 cavalos e 30 helicópteros. Mais de 64 aviões atravessaram os céus de Paris. O presidente francês Emmanuel Macron abriu a celebração fazendo um desfile em carro aberto ao lado do chefe das forças armadas, François Lecointre. Em seguida, ele se instalou na tribuna presidencial montada na praça da Concórdia, especialmente para a ocasião.
No ano passado, o presidente americano Donald Trump foi o convidado de honra. Neste ano, foram convidados o primeiro-ministro de Singapura, Hsien Loong, e o ministro das Relações Exteriores japonês,Taro Kono. A França está reforçando a colaboração militar na região Ásia-Pacífico.
O tema das festividades neste ano é a "Fraternidade das Armas: o compromisso de uma vida", em homenagem aos militares que dedicam a vida às forças armadas. Por isso, a bordo dos aviões franceses que participaram da comemoração estavam três veteranos de guerra das forças especiais francesas. Entre eles, um marinheiro, um aviador e um soldado do exército.
Dentro dessa temática, o primeiro regimento de soldados franceses baseado em Valence, no sudeste do país,estará presente no cortejo. Dois de seus homens morreram no dia 21 de fevereiro no Mali, atingidos pela explosão de uma mina artesanal.
O desfile também presta homenagem aos soldados enviados para ajudar as populações locais, depois da passagem, em setembro de 2017, dos furacões Irma e Maria nas Antilhas Francesas. Também estão presentes os jovens do serviço militar adaptado de Guadalupe, Guiana e Martinica. O sistema de inserção profissional é destinado aos jovens que deixam a escola ou que estão desempregados.
Ameaça de atentados
Para garantir a segurança em Paris neste fim de semana e prevenir tumultos e atentados terroristas, um contigente de 110 mil policiais foi mobilizado pelo Ministério do Interior, 12 mil apenas em locais considerados de risco em Paris. Este número corresponde a 30 mil soldados a mais em relação a 2017.
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