Eleitores "vestiram a camisa" de seus candidatos para votar no segundo turno
Enviado especial ao Rio de Janeiro
Quem anda neste domingo (28) pelas ruas do Rio de Janeiro tem a impressão de viver uma final de campeonato de futebol, com algumas pessoas enroladas com bandeiras do Brasil entoando gritos de ordem. Inúmeros eleitores também tiraram dos armários suas camisetas verde-amarelo, em homenagem a Jair Bolsonaro, ou vermelhas, para prestigiar Fernando Haddad.
Os bolsonaristas são os mais visíveis. Como Leonardo, que se vestiu de amarelo da cabeça aos pés e colou um adesivo com o número 17 no peito. “Quero apenas mudanças”, disse o eleitor, que fez sucesso enquanto esperava para entrar na zona eleitoral com seu cachorrinho no colo.
Alguns ainda hesitavam antes de entrar na sala de votação, sem saber se era proibido usar camisetas de propaganda de candidato. Mas as fiscais explicaram que assim como adesivos colados na roupa, trajes com conotação política são autorizados, a condição de não se fazer proselitismo na hora do voto.
Foi o caso de Nara, orgulhosa de sua camiseta amarela com os dizeres “Sou Mulher e Bolsonaro me representa”. “Elogiaram minha roupa”, explicou a carioca. “Agora vai ser tudo melhor”, declarou, já contando com a vitória de Bolsonaro, favorito nas pesquisas de intenção de voto.
Já André, que estava com a namorada e exibia adesivos pró Haddad no peito, afirma que no primeiro turno havia muito mais bolsonaristas visíveis nas ruas. “Até nisso nós estamos ganhando. Estamos no ritmo de virada”, disse, otimista. Ele também disse não se sentir hostilizado, apesar dos rumores de agressões visando eleitores de ambos os lados. "É muita balela de rede social. No corpo a corpo não acontece nada", minimiza.
Poucas filas pela manhã no Rio de Janeiro
A votação começou tranquila no estado do Rio de Janeiro, onde mais de 12 milhões de eleitores estão inscritos. Nos bairros da Zona Sul as filas eram pequenas e os eleitores cumpriram seu dever de cidadão em alguns minutos.
Já em algumas zonas eleitoras mais afastadas, como na Baixada Fluminense, teve gente que chegou às 5h da manhã, mesmo se o voto só começava às 8h. Muitos queriam evitar as horas de espera registradas no primeiro turno, quando a identificação biométrica provocou atrasos no processo eleitoral em algumas regiões.
Cerca de 46 mil homens foram mobilizados para cuidar da segurança durante esse voto no Rio de Janeiro, onde os eleitores escolhem o presidente, mas também o governador, com segundo turno disputado entre Eduardo Paes e Wilson Witzel.
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