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Televisão russa protesta após bloqueio de páginas com milhões de seguidores no Facebook

18/02/2019 16h38

O canal russo de TV Russia Today (RT) protestou nesta segunda-feira (18) depois que o Facebook bloqueou várias de suas páginas, incluindo uma com vários milhões de assinantes. O Kremlin equiparou a rede social a uma "ferramenta de pressão" de Washington.

O canal russo de TV Russia Today (RT) protestou nesta segunda-feira (18) depois que o Facebook bloqueou várias de suas páginas, incluindo uma com vários milhões de assinantes. O Kremlin equiparou a rede social a uma "ferramenta de pressão" de Washington.

Várias páginas do canal russo, incluindo a popular In the Now, que é especializada em vídeos virais, ficaram inacessíveis no Facebook na segunda-feira. "Tivemos um projeto secundário em inglês, muito bem-sucedido: 2,5 bilhões de visualizações e 4 milhões de inscritos apenas no Facebook!", declarou a editora-chefe da RT no Twitter, Margarita Simonian.

De acordo com ela, o bloqueio do Facebook aconteceu na sequência de uma reportagem do canal norte-americano CNN, que afirmava que o projeto do RT é financiado pelo Estado russo. "O Facebook imediatamente nos bloqueou sem fornecer nenhuma explicação", acrescentou Simonian, dizendo que o RT "não violounenhuma regra".

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o RT precisa "receber uma explicação do Facebook sobre o motivo exato do bloqueio". "Muitas grandes empresas que fornecem redes sociais e outros serviços baseados na Internet estão sendo usados ??pelos governos de países hostis como uma ferramenta de pressão na mídia russa", disse Peskov.

"Isso leva a uma perda de confiança e prejudica seriamente a reputação dessas empresas internacionais", completou.

Russia Today e Sputnik na mira dos franceses

O Facebook anunciou no mês passado que removeu 500 páginas relacionadas à Rússia, a maioria das quais é afiliada à agência de notícias pública Sputnik, que também está sob a responsabilidade de Margarita Simonian.

O canal e a agência RT e Sputnik estão na mira dos deputados franceses, que votaram em novembro passado duas leis para lutar contra "a manipulação da informação" durante o período eleitoral na França.