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OCDE reduz previsões de crescimento das economias mundiais em 2019 e 2020

19/09/2019 07h09

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu de maneira considerável as previsões de crescimento da economia mundial para 2019 e 2020, no menor nível desde a crise financeira de 2008/2009. As projeções foram divulgadas nesta quinta-feira (19), em Paris.

O crescimento mundial ficará abaixo de 3% este ano, a 2,9%, o que representa 0,3% a menos que nas previsões de maio.

Em 2020 deve alcançar 3% (0,4% a menos que nas previsões de maio), anunciou a organização, que cita como principais motivos para a desaceleração do crescimento a incerteza provocada pelo Brexit, a guerra comercial e o endividamento privado.

A OCDE, que revê seus números quatro vezes por anos, espera agora um crescimento mundial "mais fraco desde a crise financeira, com riscos que continuam a aumentar".

Aos olhos da OCDE, as ameaças continuam pairando sobre o conjunto das principais economias mundiais, como a zona do euro e sobretudo os grandes países emergentes que sofrem com a desaceleração na China por causa da queda da exportação de matérias-primas.

Europa desacelera

No velho continente, a Alemanha, primeira economia do bloco, teve as revisões mais fortes, com crescimento esperado de 0,5% este ano (-0,2%) e pouco melhor para o ano que vem, com 0,6%, menos metade do que as últimas previsões de maio.

A França continua com crescimento de 1,3% em 2019 (sem mudanças) e 1,2% em 2020 (menos 0,1%).

A economia britânica, em plena incerteza sobre o Brexit, só deve crescer 1% (-0,2 ponto em relação à última previsão). Para 2020, a previsão é de 0,9% (menos 0,1%).

Os Estados Unidos, que conhecem um dos ciclos de crescimento mais longos de sua história, devem desacelerar para 2,4% este ano (menos 0,4%) para encolher a 2% em 2020 (-,3%).

A economia da China deve crescer 6,1% em 2019 (menos 0,1%). Para 2020, o recuo deve chegar a 5,7%.

A situação mais crítica é da Argentina, em pleno tumulto econômico e financeiro, que deve conhecer uma recessão de 2,7% de seu PIB, além de um recuo de 1,8% para 2020.