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Eurodeputado húngaro de extrema direita é flagrado em orgia gay em Bruxelas em pleno lockdown

02/12/2020 12h05

Um eurodeputado húngaro do partido de Viktor Orbán admitiu na terça-feira (1°) que sua renúncia ao Parlamento Europeu estaria ligada à sua participação numa festa clandestina em Bruxelas, descrita pela imprensa europeia como uma "orgia", ignorando as restrições anti-Covid em vigor em vigor na Bélgica.

Além do descumprimento de medidas relacionadas à pandemia, Jozsef Szajer, 59, também é acusado de violação da legislação europeia sobre entorpecentes. Ele mesmo garantiu em comunicado que "não consumia drogas", enquanto "uma pílula de ecstasy" foi encontrada pela polícia entre seus pertences.

Este deputado eleito do Fidesz, partido húngaro de extrema direita associado ao grupo parlamentar PPE, anunciou no domingo a sua saída do Parlamento Europeu e da vida política, garantindo que isso "não tem nada a ver" com os debates políticos atuais sobre o Estado de direito em seu país.

Na terça-feira, enquanto o diário flamengo Het Laatste Nieuws noticiava a sua presença nesta noitada, que deu origem a cerca de vinte detenções na sexta-feira (27), ele próprio deu detalhes de sua participação no evento. "Lamento profundamente esta violação das restrições anti-Covid. Foi irresponsável da minha parte. Estou disposto a pagar a multa prevista neste caso" (€ 250, cerca de R$ 1.580), explicou Szajer em texto divulgado pelo PPE.

"Peço desculpas à minha família, aos meus colegas e aos meus constituintes", acrescentou, evocando "um erro estritamente pessoal", sem dar mais detalhes.

"Orgia no lockdown"

O diário belga DH descreveu a noite como uma "orgia no lockdown", em um país onde as "festas da quarentena" (noites ignorando o toque de recolher) são frequentemente interrompidas pela intervenção da polícia a partir da segunda onda de Covid-19.

Desta vez foram "25 homens nus" que foram encontrados "no chão de um bar" localizado no centro da cidade, não muito longe da esquadra central de Bruxelas, afirmou o DH. "Um deles, eleito para o Parlamento Europeu, tentou fugir por uma sarjeta quando a polícia chegou e foi detido por uma patrulha que veio como reforço", publicou o jornal.

"As mãos do homem estavam ensanguentadas e é possível que tenha se ferido durante a fuga", notou o Ministério Público de Bruxelas, que identificou o culpado com as suas iniciais, "SJ", nascido em "1961" .

No seu comunicado de imprensa, Szajer confirmou que mencionou o seu papel como deputado ao Parlamento Europeu quando foi detido e explicou que foi levado de volta para a sua casa pela polícia.

De acordo com a promotoria, cerca de 20 pessoas no total foram multadas. Além do deputado, havia também dois diplomatas durante a orgia gay.

(Com informações da AFP)