Novos estudos afirmam que vacina da Pfizer/BioNTech consegue neutralizar variantes da Covid-19
Resultados de dois estudos preliminares divulgados por cientistas das empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech afirmam que a vacina produzida por esses laboratórios contra a Covid-19 conseguiu neutralizar a mutação britânica do coronavírus. Os dados dos testes foram divulgados nesta terça-feira (19) em versão preliminar, ainda sem revisão de outros pesquisadores ou publicação científica.
Para avaliar a eficácia da vacina, os pesquisadores testaram a variante do coronavírus em laboratório com o plasma de 36 pacientes curados, após terem desenvolvido formas graves ou mais leves de Covid-19. "A maioria das amostras" conseguiu "neutralizar" a variante, embora o "poder" de neutralização tenha sido reduzido em 3 das amostras.
Os pesquisadores chegaram a conclusões semelhantes, ao compararem o efeito do plasma de 16 participantes de seus ensaios clínicos sobre a variante do Reino Unido (B.1.1.7) e o vírus original (SARS-CoV-2), descoberto em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
"Nossos resultados sugerem que a maioria das respostas vacinais devem ser eficazes contra a variante B.1.1.7", afirma a conclusão do estudo, que também não foi analisado por outros cientistas internacionais.
Os pesquisadores ainda explicaram que a "flexibilidade" da tecnologia da vacina de RNA mensageiro, produzida pela Pfizer e BioNTech permitiria que ela fosse adaptada a uma nova cepa do vírus, se necessário.
Outro estudo já havia apontado a eficácia
Em outro estudo publicado online no início de janeiro, pesquisadores da BioNTech / Pfizer já haviam estimado que a vacina parecia eficaz contra uma "mutação chave" comum às variantes britânica, sul-africana e brasileira.
Essa mutação, denominada N501Y, está localizada ao nível da proteína Spike do coronavírus, a ponta que fica em sua superfície e permite que ele se fixe às células humanas, desempenhando um papel fundamental na infecção viral.
Mas em relação à eficácia das vacinas, os especialistas estão especialmente preocupados com outra mutação chamada E484K, que as variantes sul-africana e brasileira carregam, mas não a inglesa. Neste contexto, é "importante continuar a monitorizar as mutações e avaliar o seu impacto na neutralização in vitro", afirmam os autores.
(Com informações da AFP)
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