Covid 19: Rússia anuncia produção de nova vacina por centro especializado em armas biológicas
A Rússia vai lançar a produção de sua segunda vacina anti-Covid em fevereiro, anunciou o primeiro-ministro Mikhail Mishoustin nesta terça-feira (26), após o país ter iniciado uma campanha de vacinação em massa na semana passada.
"No mês que vem, estamos iniciando a produção em massa da vacina EpiVacCorona", disse Michoustine em uma reunião pela televisão, acrescentando que o governo russo alocou 2 bilhões de rublos (cerca de € 21,8 milhões) para esse fim.
Esta é a segunda vacina desenvolvida pela Rússia contra a Covid-19, cuja epidemia já matou mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo.
Armas biológicas
Registrada na Rússia em outubro, o imunizante foi desenvolvido pelo laboratório Vektor na região de Novosibirsk (oeste da Sibéria). Este centro realizou pesquisas secretas sobre armas biológicas durante o período soviético e contém amostras de vários vírus, que vão da varíola ao Ebola.
A Rússia homologou em agosto sua primeira vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pelo centro de pesquisas de Moscou Gamaleia em colaboração com o Ministério da Defesa. Denominada Sputnik V, em referência ao primeiro satélite soviético, ela foi recebida com ceticismo no mundo, em particular por não ter alcançado a fase final dos testes no momento de seu anúncio com grande alarde pelas autoridades.
Uma parte significativa da elite política russa, no entanto, disse ter sido vacinada. Vladimir Putin citou o exemplo de uma de suas filhas.
Campanha de vacinação
Na semana passada, a Rússia lançou oficialmente uma campanha de vacinação em massa com a Sputnik V, na esperança de impedir a propagação da epidemia sem impor um novo lockdown nacional.
Vladimir Putin disse na segunda-feira (25) que a situação epidemiológica no país "está se estabilizando", com a Rússia tendo registrado menos de 20.000 novos casos de infecção diariamente pela primeira vez desde o início de novembro.
De acordo com dados oficiais publicados diariamente, o país contabilizou 3.756.931 casos de coronavírus na terça-feira, incluindo 70.482 mortes.
Em dezembro, a agência de estatísticas e o governo, porém, reconheceram um número de mortes três vezes maior, com base em uma definição mais ampla de vítimas infectadas com o vírus.
(Com informações da AFP)
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