Topo

Esse conteúdo é antigo

Corpo de vítima de tsunami no Japão é encontrado quase 10 anos após a tragédia

Arquivo - A cidade fica ao norte de Fukushima, onde ocorreu o acidente nuclear após o tsunami - Reprodução/360doc
Arquivo - A cidade fica ao norte de Fukushima, onde ocorreu o acidente nuclear após o tsunami Imagem: Reprodução/360doc

05/03/2021 05h45

O corpo de uma mulher que era considerada desaparecida desde o devastador tsunami de 2011 no Japão foi encontrado, anunciou a polícia hoje. A identificação dos restos mortais da vítima ocorre a poucos dias do 10º aniversário da catástrofe.

"Restos de um esqueleto, incluindo um crânio, foram encontrados em 17 de fevereiro", disse um porta-voz da polícia. A descoberta ocorreu em uma praia de Higashimatsushima, no departamento de Miyagi, no nordeste do Japão. A cidade fica ao norte de Fukushima, onde ocorreu o acidente nuclear após o tsunami.

Análises dentárias e de DNA realizadas esta semana pela perícia japonesa revelaram que os restos mortais são de Natsuko Okuyama, uma mulher de 61 anos que desapareceu na tragédia de 11 de março de 2011, revelou o porta-voz.

"Estou muito feliz que minha mãe reapareceu na véspera do 10º aniversário", disse o filho de Natsuko Okuyama, de acordo com a agência de notícias Kyodo. "Isso vai me permitir colocar minhas emoções em ordem e seguir em frente."

Essa é a primeira vez desde agosto de 2012 que o corpo de uma pessoa desaparecida é encontrado em Higashimatsushima, devastada pelo tsunami. Segundo a imprensa japonesa, a descoberta foi feita por uma pessoa que caminhava na área de uma empresa perto da praia e indicou à polícia ter visto algo que parecia com um crânio. Ao revistar o local, o corpo quase inteiro de Natsuko Okuyama foi retirado.

Mais de 2.500 desaparecidos

O balanço oficial da tripla catástrofe de 2011 no Japão (terremoto, tsunami e acidente nuclear de Fukushima) foi de 15.899 mortes em dezembro de 2020, de acordo com a polícia japonesa.

O caso de Natsuko Okuyama não é exceção. Mais de 2.500 pessoas ainda estão oficialmente desaparecidas quase 10 anos depois da catástrofe, impedindo muitas famílias de enterrarem seus parentes.

(Com informações da AFP)