Agência europeia estuda possível vínculo entre vacina da AstraZeneca e casos de Guillain-Barré
A Autoridade Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta sexta-feira (7) analisar informações sobre casos de pacientes que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré após serem imunizados com a vacina da AstraZeneca-Oxford contra a Covid-19.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a síndrome, que paralisa músculos, se manifesta quando o sistema imunitário do paciente ataca o sistema nervoso periférico.
Em abril, a Agência Nacional de Segurança Médica francesa havia relatado casos de pessoas com paralisia facial, além de cinco pacientes que desenvolveram síndrome de Guillain-Barré em um relatório sobre possíveis efeitos colaterais da vacinação contra a Covid-19.
Apesar de ser examinado com atenção pelas autoridades médicas, o número é bastante pequeno diante dos mais de 2,7 milhões de vacinados com o imunizante da AstraZeneca-Oxford até aquele momento na França.
A autoridade europeia deve analisar os casos relatados para determinar se há indícios de vínculo entre a doença neurológica e a vacina. Neste caso, novas recomendações de restrição no uso podem ser realizadas.
Casos de trombose causaram restrição de idade
Em março, relatos de pacientes que tiveram trombose após a vacinação pelo imunizante do laboratório anglo-sueco tinham provocado a interrupção do uso do imunizante em diversos países da Europa. Após examinar algumas dezenas de casos, a agência europeia reafirmou a segurança do imunizante da AstraZeneca-Oxford para a maior parte da população, alegando que não havia aumento no número de eventos de trombose entre os imunizados.
No entanto, a vacina passou a não ser recomendada para uso entre pessoas abaixo de 55 anos em diferentes países da Europa, como a França.
Reino Unido aplicará vacina só para maiores de 40 anos
No Reino Unido, que usa este como o principal imunizante de uma vasta campanha de vacinação contra a Covid-19, em abril, o comitê britânico decidiu restringir o uso da Astrazeneca para maiores de 30 anos. Nesta sexta-feira, o comitê científico reviu a orientação, passando a recomendar o imunizante da AstraZeneca-Oxford apenas aos maiores de 40 anos.
A mudança leva em conta o registro de 242 casos e 49 mortes por trombose entre a população imunizada no país.
Segundo a diretora do comitê britânico de regulação de medicamentos, June Raine, os benefícios da vacinação continuam sendo maiores do que os riscos apresentados pela Covid-19 para "a grande maioria" da população --especialmente os idosos, que têm maior probabilidade de desenvolver formas graves da doença.
O Reino Unido já aplicou 28 milhões de doses da vacina da AstraZeneca-Oxford, além dos produtos da Moderna e da Pfizer.
Após o anúncio, o governo britânico garantiu que a mudança na faixa etária de recomendação da vacina não atrasará o ritmo da campanha. O país pretende que todos os adultos tenham tomado ao menos a primeira dose de vacina contra Covid-19 até o final de julho. Até agora, mais da metade da população de 66,5 milhões já tomou uma dose.
(Com informações da Reuters e da AFP)
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