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EUA vão fornecer 20 milhões de vacinas contra Covid-19 para outros países

17/05/2021 15h13Atualizada em 17/05/2021 15h56

Os Estados Unidos fornecerão 20 milhões de doses adicionais contra a Covid-19 para outros países até o final de junho, elevando o total destinado ao exterior para 80 milhões de doses. O anúncio foi feito pelo presidente americano, Joe Biden, nesta segunda-feira(17).

Os Estados Unidos fornecerão 20 milhões de doses adicionais contra a Covid-19 para outros países até o final de junho, elevando o total destinado ao exterior para 80 milhões de doses. O anúncio foi feito pelo presidente americano, Joe Biden, nesta segunda-feira(17).

"Hoje anunciamos que vamos dividir doses da Moderna, Pfizer e Johnson & Johnson com o resto do mundo", anunciou o presidente americano. "Os Estados Unidos vão compartilhar pelo menos 20 milhões dessas doses", acrescentou. "É cinco vezes mais do que qualquer país já tenha dado até hoje", insistiu. "Mais do que a China ou a Rússia", disse. Ele assegurou que os Estados Unidos não estavam distribuindo as vacinas para obter "o que quer que seja" em troca.

No fim de abril, Washington se comprometeu a fornecer para outros países 60 milhões de doses da Astra Zeneca, mas o imunizante ainda não recebeu a autorização para uso das autoridades americanas. Três vacinas contra a vacina Covid-19 foram validadas no país: Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson.

Segundo a Unicef, os países do G7 e os membros da União Europeia (UE) seriam capazes de doar mais de 150 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para países desfavorecidos, a fim de tentar aliviar as desigualdades no acesso aos imunizantes, disse o Unicef neste domingo (16).

Essa quantidade poderia ser alcançada se o grupo dos sete países mais ricos do mundo - cujos líderes se reunirão em junho em cúpula na Inglaterra - e os membros da União Europeia compartilhassem apenas 20% de suas reservas de vacinas em junho, julho e agosto.

É o que indica um estudo realizado pela Airfinity, um gabinete especializado em análise de dados científicos financiado pela filial britânica do Unicef. "E eles poderiam fazer isso cumprindo os compromissos de vacinação de sua própria população", esclareceu Henrietta Fore, diretora-geral da agência da ONU.

As vacinas contra o novo coronavírus continuam escassas devido à produção insuficiente, enquanto o mecanismo internacional Covax, implantado para tentar evitar que os países ricos fiquem com a maioria das doses, está longe de realizar a distribuição que previa.

O sistema Covax foi estabelecido pela Aliança Global de Vacinas (Gavi), as Nações Unidas (ONU) e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).

Pfizer poderá ficar um mês de geladeira, diz agência europeia

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira (17) que a vacina da Pfizer/BioNTech pode ser conservada no refrigerador por até um mês. A medida deve faciltiar sua aplicação na União Europeia (UE).

O período de armazenamento sob refrigeração dos frascos fechados da vacina são, desta forma, estendidos em relação aos cinco dias iniciais, acrescentou a agência europeia.

"Esta mudança amplia o período de armazenamento aprovado do frasco descongelado de 2º a 8ºC de cinco dias a um mês (31 dias)", explicou a agência europeia. "Espera-se que o aumento da flexibilidade no armazenamento e na manipulação da vacina tenha um impacto significativo no planejamento e na logística" da vacinação, acrescentou o órgão.

Em março, a EMA informou que os frascos podiam ser armazenados em congeladores normais antes de permitir sua conservação em frigoríficos por curtos períodos de tempo. O laboratório alemão BioNTech, que desenvolveu a vacina com o americano Pfizer, assegurou que a mudança se baseia em novos dados de estudos que confirmam a "qualidade" do produto durante "31 dias".

(Com informações da AFP)