Reino Unido adia última etapa de flexibilização com avanço de variante Delta
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta segunda-feira (14) o adiamento, para o dia 19 de julho, da nova etapa de flexibilização do lockdown na Inglaterra, inicialmente previsto para o dia 21 de junho. O motivo é a rápida propagação da variante Delta, que apareceu pela primeira vez na Índia. A suspensão ainda depende da aprovação do Parlamento.
O governo britânico apresentou em fevereiro um calendário que incluía, a partir de junho, a reabertura completa de pubs, bares, discotecas e outros locais. Mas o aumento de infecções, provocado pela variante Delta, considerada como 60% mais contagiosa que a Alfa, que surgiu na Grã-Bretanha, faz o governo temer uma nova onda epidêmica.
"Acho simplesmente que é prudente esperar um pouco mais", disse Boris Johnson, durante uma coletiva de imprensa. A Grã-Bretanha registrou no domingo 7.742 novos casos de contaminação e três novas mortes. De acordo com o premiê britânico, o número de infecções progrediu 54% em uma semana.
O governo já havia prevenido que a flexibilização das medidas sanitárias dependeria da evolução da situação. Atualmente, 80% dos adultos receberam uma dose da vacina no Reino Unido, mas apenas 57% tiveram as duas injeções. Devido ao aumento do número de casos, atrasar o levantamento total das restrições, prolongando entre outras coisas o trabalho remoto, permitiria completar a campanha de vacinaçao dos britânicos para protegê-los de sintomas graves, da hospitalização e da morte.
Vacinas eficazes contra variantes
Um estudo divulgado nesta segunda-feira pela Agência de Saúde britânica (Public Health England) mostrou que os imunizantes da Pfizer e AstraZeneca têm uma eficácia de mais 90% contra as hospitalizações em caso de contaminação pela variante Delta. "Essa prova da eficácia de duas doses contra as variantes mostra a que ponto é crucial tomar a segunda dose", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock.
São "resultados comparáveis à eficácia da vacina na prevenção da hospitalização relacionada com a variante Alfa", surgida em dezembro na Inglaterra. O Reino Unido é país mais castigado da Europa pela pandemia, com quase 128.000 mortes.
Com informações da AFP
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