Macron chega a Israel para reiterar apoio da França e obter libertação de reféns

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou na manhã desta terça-feira (24) a Tel Aviv, mais de duas semanas após os ataques do Hamas em território israelense, para contribuir com os esforços para tentar conter a escalada da violência entre o exército israelense e o movimento palestino.

"Estou aqui com minha delegação para exprimir nosso apoio e solidariedade e compartilhar a dor de vocês", declarou o líder francês ao se encontrar com o presidente israelense, familiares de vítimas e reféns franco-israelenses

"O que aconteceu no dia 7 de outubro foi um ataque terrorista terrível contra a nação de vocês", acrescentou.

"Eu asseguro que vocês não estão sozinhos nesta guerra contra o terrorismo. Eu falo em nome de um país que conheceu a experiência do terrorismo e vocês estiveram ao nosso lado naquele momento", disse Macron.

Os ataques cada vez mais violentos de Israel contra a Faixa de Gaza já fizeram mais de 5.100 mortos, segundo o ministério da Saúde do enclave palestino.

Liberação de reféns

Um dos principais objetivos dessa visita presidencial é também obter a libertação de reféns franceses detidos pelo Hamas, na Faixa de Gaza.

Trinta pessoas franco-israelenses morreram no ataque de 7 de outubro, que levou à morte de mais de 1.400 pessoas em Israel. Nove continuam desaparecidas.

Macron foi recebido pelo presidente israelense, Isaac Herzog, no aeroporto David Ben Gourion, de Tel Aviv, e se reuniu por cerca de uma hora com familiares dos reféns e vítimas. "Estamos ligados a Israel pelo luto", escreveu Macron no X (ex-Twitter).

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O presidente francês deve se encontrar ainda hoje com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras lideranças israelenses. Também está previsto um encontro à tarde com o chefe da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

O site do jornal Le Monde diz que a visita é tardia, citando exemplos de outros líderes que já se deslocaram ao Oriente Médio, como o presidente americano, Joe Biden, o premiê britânico, Rishi Sunak, a premiê italiana, Giorgia Meloni, e do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

O presidente francês se justifica destacando a diferença de sensibilidade na França, que tem a mais importante comunidade judia da Europa.

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