Equipe que investiga acidente aéreo na Coreia do Sul inicia remoção dos destroços da aeronave

As autoridades sul-coreanas responsáveis pela investigação do acidente do Boeing 737-800 da Jeju Air, que bateu em um muro do Aeroporto Internacional de Muan, neste domingo (29), deram início nesta sexta-feira (3) à operação para remover os destroços da aeronave. A tragédia deixou 179 mortos.   

Na manhã desta sexta-feira, os destroços carbonizados do avião, incluindo o que parecia ser uma parte do motor, foram retirados por um guindaste. 

"Hoje vamos levantar a cauda do avião usando o guindaste", disse Na Won-ho, chefe da equipe que investiga o acidente, durante uma coletiva de imprensa no Aeroporto Internacional de Muan.

"Esperamos que todos os restos mortais sejam encontrados nesta área. Teremos que esperar até amanhã para ter os resultados", acrescentou.

A aeronave, que voava de Bangkok para Muan, uma cidade a cerca de 290 quilômetros ao sul de Seul, emitiu um alerta de socorro e pousou de barriga para baixo, antes de colidir em alta velocidade com uma parede de concreto, no final da pista. 

Todos os ocupantes da aeronave morreram, exceto uma aeromoça e um comissário.   

A causa exata do acidente permanece desconhecida. A colisão com um pássaro, associada a um eventual defeito no trem de pouso é, por enquanto, a hipótese mais plausível, na opinião de especialistas da aviação.

Doação do grupo de k-pop BTS

A polícia prometeu esclarecer rapidamente as causas e responsabilidades do desastre. Mas, de acordo com o Ministério dos Transportes sul-coreano, a investigação deve demorar entre seis meses e três anos.

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Na quinta e sexta-feira, a polícia realizou buscas nos escritórios da Jeju Air e no aeroporto de Muan. As autoridades sul-coreanas também ordenaram uma inspeção de todos os Boeing 737-800 operados pelas companhias aéreas do país, com foco no trem de pouso.     

A investigação está sendo conduzida por autoridades da aviação sul-coreana e o apoio da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), já que o acidente envolveu um fabricante americano.

A Administração de Aviação Civil da China (CAAC) anunciou na sexta-feira que, após o acidente de Muan, realizou uma "revisão completa das pistas para detectar riscos de segurança" e revisou medidas para evitar colisões com pássaros.

Vítimas foram identificadas

Parentes das vítimas se reuniram no local do desastre nos últimos dias para prestar suas homenagens e recolher os pertences pessoais dos passageiros que morreram na tragédia.

J-Hope, membro do grupo de k-pop BTS, doou 100 milhões de won (66 milhões de euros) às famílias das vítimas, como uma "pequena medida de apoio", segundo o jornal local Korea Herald.   

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De acordo com o presidente interino do país, Choi Sang-mok, que está no cargo há menos de uma semana, todas as vítimas foram identificadas. Este foi o pior desastre aéreo de todos os tempos na Coreia do Sul.

(Com AFP)

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