Planalto não tem preferência na sucessão do Congresso, diz Ideli
O Planalto não tem preferências por candidatos às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, disse nesta quarta-feira a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti.
Evitando responder se seria negativa a eleição de candidatos atingidos por denúncias de irregularidades, a ministra acrescentou que a definição dos parlamentares sobre os cargos de comando das duas Casas do Congresso, que acontece em fevereiro, é autônoma e soberana.
Os favoritos para comandar as presidências da Câmara e do Senado são o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente. Ambos têm sido alvos de denúncias, mas contam com o apoio do governo nos bastidores.
"A deliberação de presidente e Mesa é autônoma e soberana do Congresso Nacional", afirmou Ideli, em café da manhã com jornalistas.
A ministra também disse não ver risco para o governo no fato de as duas Casas ficarem sob o controle do PMDB nos próximos dois anos. "O PMDB é vice-presidente da República e integra o governo em vários ministérios", argumentou.
A ministra desconversou quando perguntada sobre o interesse do governo federal na definição do próximo líder do PMDB na Câmara.
Nos bastidores, comenta-se que o Palácio do Planalto estaria preocupado com a possibilidade de o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assumir o posto. Para autoridades do governo, Cunha poderia usar os poderes de líder do partido para pressionar o Executivo em benefício de interesses próprios. Os outros candidatos a suceder Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) no cargo são Sandro Mabel (PMDB-GO) e Osmar Terra (PMDB-RS).
"Liderança de partido é de responsabilidade de partido. A deliberação da bancada é absolutamente autônoma", disse Ideli, durante café da manhã com jornalistas.
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