Lava-Jato: Defesa de Youssef quer ex-laranja de doleiro investigado
Os advogados que representam o doleiro Alberto Youssef - um dos principais personagens da operação Lava-Jato - solicitaram à Justiça que a Polícia Federal (PF) instaure inquérito para apurar "pessoas ocultas" que teriam motivado declarações feitas por Leonardo Meirelles, de que Youssef teria mais dinheiro obtido com a corrupção do que o declarado. Youssef fez acordo de delação premiada e concordou em abrir mão de todos os seus recursos financeiros e bens.
Meirelles, sócio do laboratório Labogen, que enviou milhões de dólares ilegalmente ao exterior, segundo a Justiça Federal de Curitiba, era um dos laranjas de Youssef no esquema de lavagem de dinheiro coordenado pelo doleiro, segundo a Lava-Jato.
"Requer-se seja expedido ofício à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal a fim de se investigar se existem pessoas ocultas ou mesmo mentores intelectuais, possíveis mandantes, da urdidura engendrada por Meirelles na imprensa, a fim de desestabilizar o acordo e tumultuar o curso da instrução criminal", diz a petição enviada ao juiz Sergio Moro, titular da 13ª vara criminal da Justiça Federal de Curitiba.
"Sua intenção é tumultuar a investigação, criar factóides e explorar o clamor popular para desacreditar a investigação. Quem é o dono de Meirelles? A quem ele serve? Se tem realmente as provas da omissão de patrimônio que as mostre, se tem provas de má-fé de Alberto Youssef que entregue ao MPF. Mas seu próprio advogado já disse: 'Não tem provas referentes à acusação'", afirmam os advogados Antonio Figueiredo Basto, Luis Gustavo Flores, Rodolfo Herold Martins e Adriano Nunes Bretas.
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