Proibição de CFCs pode ter desacerelado aquecimento, diz estudo
Um novo estudo sugere que a proibição do uso dos gases que destroem a camada de ozônio pode ter tido um impacto no clima do planeta.
Esses compostos químicos têm origem em substâncias chamadas clorofluorcarbonos (CFCs), que começaram a ser usados no século passado em vários produtos, incluindo vários tipos de sprays e refrigeradores.
E esses mesmos elementos químicos também causam o efeito estufa.
Agora, este novo estudo, publicado na revista especializada Nature Geoscience, liga a proibição do uso dos CFCs a uma "pausa" ou desaceleração no aumento das temperaturas desde o meio da década de 1990.
O hiato ou paralisação do aumento das temperaturas globais, observado desde 1998, gera debates intensos entre cientistas e já foi usado como um argumento importante por alguns setores para mostrar que há um exagero no impacto do aquecimento global.
Teorias e argumentos
Várias teorias foram apresentadas para explicar como o aumento das emissões de CO2 e outros gases não se refletiu nas temperaturas desde o final da década de 90.
Agora, esta última pesquisa afirma que esta desaceleração no aquecimento pode ter sido causado pelas tentativas de proteger a camada de ozônio.
Os pesquisadores da Universidade Nacional Autonôma do México e do Instituto para Estudos Ambientais da Universidade de Vrije, em Amsterdã, fizeram uma análise estatística da conexão entre o aumento de temperaturas e as taxas de aumento na concentração de gases de efeito estufa na atmofera entre 1880 e 2010.
Eles concluíram que as mudanças na taxa de aquecimento podem ser atribuídas a ações humanas específicas que afetaram as concentrações de gases de efeito estufa.
Os pesquisadores conseguiram mostrar que, quando as emissões foram reduzidas durante as duas guerras mundiais do século 20 e a Grande Depressão, o aumento nas temperaturas também parou.
Os cientistas argumentam ainda que a introdução do Protocolo de Montreal, originalmente assinado em 1987 por 46 países, também teve um impacto nas temperaturas do planeta.
O tratado eliminou gradualmente o uso dos clorofluorcarbonos (CFCs), os compostos químicos que ajudaram a aumentar o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida.
Mas, o uso dos CFCs não estavam apenas danificando a camada de ozônio, eles também tinham um impacto no aquecimento pois estes compostos químicos são 10 mil vezes mais poderosos que o dióxido de carbono e podem durar até cem anos na atmosfera.
A proibição destes compostos foi um fator crítico na desaceleração do aquecimento, segundo os pesquisadores.
"Nossa análise sugere que a redução nas emissões de substâncias que destroem o ozônio, seguindo o Protocolo de Montreal, assim como a redução nas emissões de metano, contribuíram para diminuir a taxa de aquecimento desde 1990", escreveram os autores.
Comentando a pesquisa, Felix Pretis e o professor Myles Allen, da Universidade de Oxford, sugerem que a proibição do uso dos CFCs não deve ser totalmente responsável pela desaceleração no aquecimento, mas reconhecem que a medida fez diferença.
"O impacto desta mudança é pequeno mas não é insignificante: sem a redução nas emissões de CFCs, as temperaturas hoje poderiam estar quase 0,1 grau mais altas do que estão", afirmaram.
Esses compostos químicos têm origem em substâncias chamadas clorofluorcarbonos (CFCs), que começaram a ser usados no século passado em vários produtos, incluindo vários tipos de sprays e refrigeradores.
E esses mesmos elementos químicos também causam o efeito estufa.
Agora, este novo estudo, publicado na revista especializada Nature Geoscience, liga a proibição do uso dos CFCs a uma "pausa" ou desaceleração no aumento das temperaturas desde o meio da década de 1990.
O hiato ou paralisação do aumento das temperaturas globais, observado desde 1998, gera debates intensos entre cientistas e já foi usado como um argumento importante por alguns setores para mostrar que há um exagero no impacto do aquecimento global.
Teorias e argumentos
Várias teorias foram apresentadas para explicar como o aumento das emissões de CO2 e outros gases não se refletiu nas temperaturas desde o final da década de 90.
Agora, esta última pesquisa afirma que esta desaceleração no aquecimento pode ter sido causado pelas tentativas de proteger a camada de ozônio.
Os pesquisadores da Universidade Nacional Autonôma do México e do Instituto para Estudos Ambientais da Universidade de Vrije, em Amsterdã, fizeram uma análise estatística da conexão entre o aumento de temperaturas e as taxas de aumento na concentração de gases de efeito estufa na atmofera entre 1880 e 2010.
Eles concluíram que as mudanças na taxa de aquecimento podem ser atribuídas a ações humanas específicas que afetaram as concentrações de gases de efeito estufa.
Os pesquisadores conseguiram mostrar que, quando as emissões foram reduzidas durante as duas guerras mundiais do século 20 e a Grande Depressão, o aumento nas temperaturas também parou.
Os cientistas argumentam ainda que a introdução do Protocolo de Montreal, originalmente assinado em 1987 por 46 países, também teve um impacto nas temperaturas do planeta.
O tratado eliminou gradualmente o uso dos clorofluorcarbonos (CFCs), os compostos químicos que ajudaram a aumentar o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida.
Mas, o uso dos CFCs não estavam apenas danificando a camada de ozônio, eles também tinham um impacto no aquecimento pois estes compostos químicos são 10 mil vezes mais poderosos que o dióxido de carbono e podem durar até cem anos na atmosfera.
A proibição destes compostos foi um fator crítico na desaceleração do aquecimento, segundo os pesquisadores.
"Nossa análise sugere que a redução nas emissões de substâncias que destroem o ozônio, seguindo o Protocolo de Montreal, assim como a redução nas emissões de metano, contribuíram para diminuir a taxa de aquecimento desde 1990", escreveram os autores.
Comentando a pesquisa, Felix Pretis e o professor Myles Allen, da Universidade de Oxford, sugerem que a proibição do uso dos CFCs não deve ser totalmente responsável pela desaceleração no aquecimento, mas reconhecem que a medida fez diferença.
"O impacto desta mudança é pequeno mas não é insignificante: sem a redução nas emissões de CFCs, as temperaturas hoje poderiam estar quase 0,1 grau mais altas do que estão", afirmaram.
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