Cientistas acham evidência 'espetacular' que reforça teoria do Big Bang
Cientistas americanos dizem ter encontrado evidências 'espetaculares' que reforçam a teoria do Big Bang como a origem do universo.
Os pesquisadores acreditam ter achado sinais deixados no céu por uma expansão super-rápida do espaço, que deve ter ocorrido apenas frações de segundo depois do universo começar a existir.
Os sinais têm a forma de uma torção nos fragmentos de luz mais antigos já detectados por telescópios.
"Isso é espetacular", comentou Marc Kamionkowski, físico da Universidade John Hopkins que teve acesso à pesquisa.
"Os argumentos são bastante convincentes, e os cientistas envolvidos estão entre os mais cuidadosos e conservadores que conheço."
Observação minuciosa
A descoberta foi anunciada por um time de cientistas americanos que trabalham no projeto BICEP2, que usa telescópios no Polo Sul para fazer observações minuciosas de um pequeno pedaço do céu.
Seu objetivo é encontrar resíduos deixados pela inflação cósmica, nome dado ao crescimento exponencial pelo qual teria passado o universo no seu primeiro quadrilionésimo de segundo.
Segundo esta teoria, o universo teria passado de um tamanho incrivelmente pequeno para o tamanho de uma bola de gude nessa fração de tempo. O espaço continuou a se expandir por quase 14 bilhões de anos desde então.
A teoria da inflação cósmica foi proposta por cientistas no início dos anos 1980 para explicar alguns aspectos da teoria do Big Bang, como o fato do espaço ter um aspecto bastante semelhante em qualquer direção que se olhe.
Isso seria possível porque sua rápida expansão teria suavizado qualquer irregularidade do espaço.
No entanto, para que isso fosse verdade, a inflação cósmica teria que estar associada à liberação de ondas gravitacionais, que deixariam marcas nos fragmentos mais antigos de luz.
Esses vestígios da expansão seriam comparáveis à fumaça que sai do cano de uma arma após um tiro.
Torção
O time americano do BICEP2 diz ter encontrado esses vestígios. Trata-se de uma torção no que cientistas chamam de micro-onda cósmica de fundo, uma radiação muito fraca que permeia todo o universo.
Somente as ondas gravitacionais que percorreram o espaço em sua "fase inflacionária" poderiam ter deixado essas marcas.
Os cientistas não só identificaram essas marcas como dizem que elas são bem mais fortes do que era esperado.
"Isso abre uma janela para um novo mundo da física, aquele que ocorreu na primeira fração de segundo do universo", disse John Kovac, do Centro de Astrofísica Harcard-Smithsonian e chefe das equipes do BICEP2.
A descoberta ainda passará por testes para tentar reproduzir os efeitos encontrados.
É possível que a interação da micro-onda cósmica de fundo com a poeira presente no espaço produza marcas semelhantes, mas o time do BICEP2 diz já ter checado seus dados ao longo dos últimos três anos para descartar essa hispótese.
Se confirmada, a descoberta abre caminho para um prêmio Nobel, que poderia ser dado tanto aos líderes da pesquisa realizada no BICEP2 quanto aos autores da teoria da inflação cósmica.
Entre estes autores, está Alan Guth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Estou perplexo", disse ele. "Nunca pensei que alguém conseguiria medir essas marcas, mas é justamente o que estamos vendo."
Os pesquisadores acreditam ter achado sinais deixados no céu por uma expansão super-rápida do espaço, que deve ter ocorrido apenas frações de segundo depois do universo começar a existir.
Os sinais têm a forma de uma torção nos fragmentos de luz mais antigos já detectados por telescópios.
"Isso é espetacular", comentou Marc Kamionkowski, físico da Universidade John Hopkins que teve acesso à pesquisa.
"Os argumentos são bastante convincentes, e os cientistas envolvidos estão entre os mais cuidadosos e conservadores que conheço."
Observação minuciosa
A descoberta foi anunciada por um time de cientistas americanos que trabalham no projeto BICEP2, que usa telescópios no Polo Sul para fazer observações minuciosas de um pequeno pedaço do céu.
Seu objetivo é encontrar resíduos deixados pela inflação cósmica, nome dado ao crescimento exponencial pelo qual teria passado o universo no seu primeiro quadrilionésimo de segundo.
Segundo esta teoria, o universo teria passado de um tamanho incrivelmente pequeno para o tamanho de uma bola de gude nessa fração de tempo. O espaço continuou a se expandir por quase 14 bilhões de anos desde então.
A teoria da inflação cósmica foi proposta por cientistas no início dos anos 1980 para explicar alguns aspectos da teoria do Big Bang, como o fato do espaço ter um aspecto bastante semelhante em qualquer direção que se olhe.
Isso seria possível porque sua rápida expansão teria suavizado qualquer irregularidade do espaço.
No entanto, para que isso fosse verdade, a inflação cósmica teria que estar associada à liberação de ondas gravitacionais, que deixariam marcas nos fragmentos mais antigos de luz.
Esses vestígios da expansão seriam comparáveis à fumaça que sai do cano de uma arma após um tiro.
Torção
O time americano do BICEP2 diz ter encontrado esses vestígios. Trata-se de uma torção no que cientistas chamam de micro-onda cósmica de fundo, uma radiação muito fraca que permeia todo o universo.
Somente as ondas gravitacionais que percorreram o espaço em sua "fase inflacionária" poderiam ter deixado essas marcas.
Os cientistas não só identificaram essas marcas como dizem que elas são bem mais fortes do que era esperado.
"Isso abre uma janela para um novo mundo da física, aquele que ocorreu na primeira fração de segundo do universo", disse John Kovac, do Centro de Astrofísica Harcard-Smithsonian e chefe das equipes do BICEP2.
A descoberta ainda passará por testes para tentar reproduzir os efeitos encontrados.
É possível que a interação da micro-onda cósmica de fundo com a poeira presente no espaço produza marcas semelhantes, mas o time do BICEP2 diz já ter checado seus dados ao longo dos últimos três anos para descartar essa hispótese.
Se confirmada, a descoberta abre caminho para um prêmio Nobel, que poderia ser dado tanto aos líderes da pesquisa realizada no BICEP2 quanto aos autores da teoria da inflação cósmica.
Entre estes autores, está Alan Guth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Estou perplexo", disse ele. "Nunca pensei que alguém conseguiria medir essas marcas, mas é justamente o que estamos vendo."