Paulo Marinho ao MPF 4: Bolsonaro cuidou pessoalmente da defesa de Queiroz?
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Há algo que, em tendo acontecido, é muito grave. E é bom lembrar que Paulo Marinho depôs como testemunha — e isso implica que tem um compromisso com a verdade, sob pena de responder judicialmente por eventuais mentiras ou omissões.
Muito bem! Ele relata que, no dia 17 de dezembro de 2018, três dias depois da reunião no Hotel Emiliano, em São Paulo, participou da cerimônia de posse no TJ do Rio. E o senador Flávio Bolsonaro pediu, então, para falar com ele, o que aconteceu logo depois no Esplanada Grill de Ipanema.
Afirma, então, Marinho:
"Ele [Flávio] chega para mim e diz o seguinte: 'Paulo, conversei com meu pai, e ele decidiu montar um outro esquema jurídico. Portanto, eu queria que você desmobilizasse tudo o que nós já fizemos, agradece aos advogados, queria te agradecer, desmobiliza isso que meu pai decidiu ir por outro caminho jurídico".
Relacionadas: outros trechos do depoimento de Marinho neste blog
Bem, meus caros, dizer o quê? A ser assim, temos ninguém menos do que o presidente eleito da República a organizar pessoalmente a defesa de Fabrício Queiroz, o que, em sendo real, evidencia o grau de comprometimento da família com o problemático assessor.
Compatível, convenha, com quem aparece mais de uma vez em fotos ao lado de milicianos, né?
Reitero: isso não é exatamente novidade. Mas se deu pouco destaque a um absurdo, como se fosse natural um presidente eleito da República organizar a defesa de alguém acusado de, no mínimo, participar de rachadinha. Mais do que isso, e também já se sabe, Queiroz exibe, em diálogos, intimidade com as milícias do Rio.
Se houver dificulade em assistir o vídeo aqui, acesse-o pelo canal do Youtube.
