Entidades internacionais pedem 'investigação profunda' de assassinato de jornalista no RJ
A morte do jornalista brasileiro Mário Randolfo, 50, editor-chefe de um site que publicava artigos com denúncias de supostos casos de corrupção na cidade de Vassouras (RJ), ganhou repercussão internacional. Os corpos dele e da namorada foram encontrados na beira da BR-293 na última quarta-feira (8) em Barra do Piraí (RJ).
Entidades internacionais como a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) repudiaram o suposto assassinato. O SIP exortou as autoridades a "investigarem de maneira expedita e profunda" para levar os responsáveis pelo crime à Justiça. Carlos Lauría, coordenador-sênior do CPJ, exigiu que as autoridades brasileiras “investiguem o caso para levar os culpados à Justiça”.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas destaca o suposto assassinato de Mário Randolfo, que "cobria corrupção" em seu site de notícias
Uma reportagem do jornal britânico “Guardian” destacou que o jornalista já havia sobrevivido a uma tentativa de assassinato e foi encontrado morto a tiros junto com a namorada, Maria Aparecida Guimarães. O texto cita ainda que Randolfo, em seu último artigo, alegava que juízes locais e cortes eram corruptas. O jornalista enfrentava um processo por difamação a um juiz e um policial pelas reportagens com denúncias que havia publicado no site Vassourasnanet.net
O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais, Ricardo Pedreira, disse ao “Guardian” que o principal motivo para atos de violência contra jornalistas no país “é o crime organizado”. “Impunidade é um problema no Brasil”, frisou.
Randolfo foi sequestrado com a companheira na última quarta (8) na cidade de Barra do Piraí (RJ). Segundo testemunhas, três homens participaram do sequestro. Os corpos das vítimas foram achados 22 horas depois, na beira de uma estrada. O caso está sendo investigado pela polícia.
(Com agências internacionais)
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