Invasão a festa seguida de estupros e mortes no interior da Paraíba foi "armada", diz polícia
A polícia da Paraíba informou no final da manhã desta segunda-feira (13) que a invasão à casa onde mulheres foram estupradas e, duas delas, mortas, em Queimadas (130 km de João Pessoa), foi "armada".
Segundo a delegada Cassandra Duarte, durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (13), em Campina Grande (123 km de João Pessoa), todos os homens, incluindo os que estavam na festa, já sabiam do plano.
De acordo com a delegada, o estupro planejado foi uma espécie de “presente” dado ao aniversariante, Eduardo Santos Pereira, 28 anos. O alvo inicial eram duas irmãs que estavam na festa.
Uma amiga levada por elas e outras duas convidadas acabaram sendo também estupradas. As mulheres de dois participantes estavam no local, mas ficaram de fora da violência. A invasão à residência e a simulação de um assalto não passaram de um 'faz de conta'. Desde o princípio, o intuito era o estupro.
Ainda de acordo com as investigações policiais, durante o estupro, a recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, e a professora Isabela Monteiro, 27, reconheceram alguns criminosos, inclusive o aniversariante. Nesse momento, eles decidiram matá-las. Na avaliação da delegada, "foi uma violência gratuita, sem sentido".
O caso
Na madrugada de sábado para domingo, um grupo de seis homens encapuzados invadiu uma festa de aniversário, fez os convidados reféns, estuprou as mulheres que estavam na casa e depois fugiram, levando duas delas.
As mulheres foram mortas minutos depois. A primeira, a recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, pulou do carro em movimento, mas foi morta com quatro tiros. A recepcionista Jussara Monteiro, 27 anos, foi amarrada e também morreu atingida com tiros.
Com o grupo a polícia encontrou armas, capuzes e máscaras de Carnaval, utilizadas no crime. A delegada vai solicitar coleta de material genético dos acusados para comparar com o material encontrado nas vítimas.
O aniversariante, Eduardo, e o irmão dele, identificado como Luciano, são foragidos do Rio de Janeiro, informou a polícia. O bando pode responder por vários crimes, dentre os quais formação de quadrilha, homicídio qualificado, estupro e sequestro.
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