Patrono da Beija-Flor e demais integrantes da cúpula do jogo do bicho no Rio são condenados a 48 anos de prisão
Cinco anos depois das investigações da Operação Hurricane, que resultaram na prisão de mais de 20 pessoas, entre magistrados, policiais e empresários de casas de jogos ilegais, a 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro condenou acusados de integrarem a chamada “cúpula do jogo do bicho” no Estado.
Vinte e três pessoas foram condenadas, entre eles, Ailton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, Aniz Abrahão David, o Anísio, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão, por crimes como corrupção, contrabando e formação de quadrilha. Acusados de chefiarem a quadrilha, eles foram condenados a 48 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado.
Entre as acusações está o pagamento de suborno a desembargadores e outras autoridades públicas.
Também investigados pela Operação Hurricane, dois desembargadores (José Eduardo Carreira Alvim e Ernesto da Luz Pinto Dória), o procurador regional da República João Sérgio Leal Pereira e o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Roberto Medina estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por terem foro privilegiado. A ação contra o desembargador José Ricardo Regueira foi extinta porque ele morreu em 2008.
Prisões
A Polícia Federal cumpriu hoje (13) dez mandados de prisão expedidos pela Justiça, para cumprimento da sentença, e prendeu oito suspeitos de integrar a cúpula do jogo do bicho, incluindo o ex-patrono da escola de samba Beija Flor, Anísio, que teve seu habeas corpus revogado pela justiça.
Anísio, que já havia sido detido anteriormente sob a acusação de comandar as ações do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis no Estado, chegou a ser beneficiado com um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última sexta-feira.
As prisões ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, com mandados expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio.
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