Pedreira onde mergulhadores morreram é interditada no interior de São Paulo
Menos de uma semana depois da morte de dois mergulhadores, a empresa responsável pela pedreira de Salto de Pirapora, que fica a 124 km de São Paulo, interditou toda a área. O Grupo Votorantim cumpriu uma determinação do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) que considera o local perigoso para os banhistas.
A Votorantim mandou colocar pedras na estrada que dá acesso à pedreira por um lado. Na outra entrada, foi colocado um portão de ferro e uma guarita, que de acordo com a empresa, será usada por um vigia que ficará no local.
A pedreira de Salto de Pirapora é muito procurada por banhistas da região de Sorocaba e também por mergulhadores de todo o país principalmente nos fins de semana.
Vários afogamentos já foram registrados no local e o mais recente deles foi no último sábado (10), quando dois mergulhadores do ABC Paulista desapareceram nas águas da pedreira. Os corpos dos empresários Rodrigo Garcia e Alessandro Varani, ambos de 29 anos, só foram encontrados por volta de 12h30 de segunda-feira (12), quando os bombeiros receberam a ajuda de mergulhadores técnicos, que poderiam fazer mergulhos mais profundos. Eles estavam a 70 metros de profundidade, com cerca de cinco metros de distância entre os dois.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar os fatos. Os parentes dos dois rapazes e o amigo que estava na pedreira no dia do acidente serão chamados para prestar depoimentos. Os equipamentos usados pelos mergulhadores serão encaminhados para a perícia no Instituto de Criminalística de Sorocaba, que fica a 98 quilômetros de São Paulo.
A pedreira de Salto de Pirapora foi desativada há dez anos. O Grupo Votorantim fazia a retirada de calcário do local até que um lençol freático foi atingido e todo o local inundado. Embaixo d'água existe um estrada em espiral e a profundidade pode chegar a 90 metros.
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