Namorado confessa assassinato de ex-dançarina do "Clube Bolinha", diz polícia
A polícia de Sorocaba (98 km de São Paulo) identificou o responsável pela morte da ex-dançarina do extinto programa de TV "Clube do Bolinha", Marta Rodrigues do Nascimento, de 50 anos. Leonardo Guicharde da Silva, de 25, foi apresentado na DIG (Delegacia de Investigações Gerais), nesta segunda-feira (28), como autor do crime. Namorado da vítima, ele confessou ter praticado o crime após uma discussão no início do mês.
Foram necessários três dias de investigações para a polícia encontrar o principal suspeito do crime. “Recebemos uma denúncia, encontramos o namorado dela e ele confessou o crime”, disse o delegado Acácio Aparecido Leite.
No depoimento, o homem, que trabalha como serralheiro, disse que tinha um relacionamento sério com Marta, que trabalhava como prostituta em Sorocaba. Ele disse à polícia que pedia que ela deixasse a prostituição para viver com ele. “Ela prometia que quando se aposentasse, largaria a vida de garota de programa, disse que faltava pouco para isso, pois já estava providenciando a papelada”, revela um trecho do interrogatório.
Em entrevista coletiva, Guicharde disse que estava apaixonado e que queria viver com Marta "pelo resto da vida", mas declarou que se sentiu enganado. “Nós discutimos e eu fiquei cego de ódio quando ela disse que não ia deixar aquela vida. Ela estava muito alterada nesse dia e terminou dessa forma”, comentou.
O delegado disse que as características passionais ficaram claras no crime e que o rapaz tentou retomar a própria vida e não fugiu. “Ele já teve a prisão preventiva decretada e vai responder por homicídio qualificado”, explica.
O crime
No depoimento, Guicharde contou que foi à casa da ex-dançarina no dia 1º de maio e que os dois começaram a discutir porque ele queria que ela deixasse a prostituição. O serralheiro contou que foi dominado por um ódio, pegou uma faca da cozinha e golpeou a mulher com várias facadas.
Depois disso, ele enrolou o corpo dela em cobertores e o deixou ao lado da máquina de lavar. Antes de sair, ele ainda lavou a cozinha para não deixar vestígios de sangue. No depoimento, ele relatou que chegou a pensar em se entregar à polícia, mas que estava "com a cabeça muito confusa”.
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