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Polícia descarta buscas por corpo de Eliza Samudio em local indicado por "carta sonhada"

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

29/06/2012 11h13

O delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, disse nesta sexta-feira (29) que não haverá buscas em local onde o corpo de Eliza Samudio supostamente estaria escondido.

A hipotética localização, um poço que estaria desativado e situado em uma área verde no bairro Planalto, região norte de Belo Horizonte (MG), foi indicada por uma carta cuja autora se baseou em um “sonho” para determiná-la.

O corpo da ex-amante do goleiro Bruno Souza teria, segundo o sonho, sido jogado nesse poço. O delegado classificou as informações contidas na correspondência como “infundadas” após policiais civis terem feito um levantamento preliminar na área.

“Nós checamos aquela carta, que se mostrou infundada, e não vai haver nenhuma busca no local. As informações dela foram confrontadas pelos policiais nesse levantamento preliminar feito no local”, afirmou o policial.

Ainda conforme ele, na região de fato existe um poço artesiano, mas que está em pleno funcionamento e é utilizado para irrigação. “Está descartado qualquer tipo de busca. Com o nosso levantamento inicial, verificamos que a notícia não tem fundamento”, afirmou.

A carta com um pedido de busca foi entregue ao delegado há uma semana, na sexta-feira passada (22), pelo advogado José Arteiro Cavalcante, representante em Minas Gerais de Sônia Moura, mãe de Eliza.

Sem discriminação da remetente, a correspondência chegou às mãos de Sônia na recepção de uma emissora de TV, após ela ter participado de um programa televisivo, na semana passada, em Belo Horizonte.

Os trabalhos iniciais sobre a localização do corpo de Eliza apontada pela correspondência ficaram a cargo da delegada Alessandra Wilke, que já participou das investigações sobre o sumiço da ex-amante do goleiro.

Ela foi a primeira a receber, em 2010, a informação de que Eliza estaria, juntamente com o filho, em cárcere privado e teria sofrido maus-tratos no sítio do jogador, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte). O episódio deflagrou as investigações policiais sobre o caso.

Mãe de Eliza disse ter acreditado na carta

Sônia Moura havia demonstrado esperança em achar os restos mortais da filha ao afirmar que a carta mostraria como chegar ao local. “Ela conta detalhes que me chamaram muito a atenção. Revela o endereço, a localização do poço e ainda como eu devo fazer para chegar lá. Tem todos os pormenores”, havia dito a mulher.