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Polícia começa a investigar morte de paraquedista em Boituva (SP)

Do UOL, em São Paulo

10/07/2012 13h54

A Polícia Civil do Estado de São Paulo começou a investigar a morte do instrutor de paraquedismo Alex Adelman em Boituva, a 120 km de São Paulo. Ele foi atingido no ar por um avião durante um salto no Centro Nacional de Paraquedismo na última segunda-feira (9).

Dois outros paraquedistas, Vanderson Carlos Campos Andrade e Conrado Alvarez, também ficaram feridos. Eles foram atingidos por Adelman, arremessado com o choque da aeronave. Andrade teve alta na manhã desta terça-feira (10), enquanto Alvarez foi transferido para o Hospital Regional de Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo. O corpo de Alex será cremado em Sorocaba às 16h desta terça-feira (10).

Além dos dois feridos, outras testemunhas já foram ouvidas pela polícia. A suspeita é que, no momento do salto, os paraquedistas não usavam um equipamento que reduz a velocidade durante o período em queda livre. Os investigadores requisitaram as imagens do salto que o instrutor fazia antes de ser atingido pelo avião.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) fará perícia na aeronave. O laudo conclusivo, no entanto, deve ficar pronto somente em cinco ou seis meses. Dessa maneira, a polícia não sabe poderá contar com as conclusões da perícia no decorrer da investigação.

Vítima filmava o salto dos outros dois feridos

Adelman estava com uma câmera e fazia a filmagem da queda livre dos companheiros, quando foi atingido pelo avião e lançado contra Andrade e Alvarez. Com o choque, o instrutor ficou inconsciente e o paraquedas, que dispõe de um dispositivo de segurança, abriu automaticamente, o que reduziu o impacto do corpo no solo.

O instrutor chegou a ser socorrido com vida e levado ao pronto-socorro do Hospital São Luiz, em Boituva, onde morreu. Os outros dois paraquedistas conseguiram acionar os equipamentos e chegaram ao solo, mas fraturaram membros inferiores por causa do choque.

Em março deste ano, Adelman quebrou o recorde brasileiro em maior formação de queda livre vertical, na cidade de Piracicaba. Ele era paraquedista desde 1994 e sua especialidade era a filmagem no ar. O avião que atingiu os paraquedistas prestava serviços ao Centro Nacional de Paraquedismo.