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Polícia encontra roupas femininas em local de buscas do corpo da engenheira Patrícia Amieiro, no Rio

Do UOL, em São Paulo

10/07/2012 20h20Atualizada em 12/07/2012 13h22

A Polícia Civil encontrou roupas femininas no local onde podem estar os restos mortais da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida desde 14 de junho de 2008. As buscas estão sendo feitas em um sítio no Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Estado recebeu uma denúncia anônima de que o corpo da engenheira estaria no local.

  • Guilherme Pinto / Agência O Globo

    Polícia usou cães farejadores para buscar possível ossada de engenheira desaparecida no RJ em 2008

A informação de que as roupas foram encontradas foi confirmada pela assessoria do MP. O promotor de Justiça Felipe Soares Tavares Moura acompanhou as buscas, que foram realizadas por policiais civis da Divisão de Homicídios e pelo Corpo de Bombeiros entre 10h e 17h desta terça-feira (10).

Ainda não é possível afirmar se as roupas são ou não de Amieiro. As equipes voltarão ao local das buscas a partir das 10h de amanhã (11). Um GPR (Ground-penetrating radar), equipamento que rastreia o subsolo, foi disponibilizado pelo MP para auxiliar nas buscas.

Segundo a denúncia recebida pelo MP, o sítio onde as buscas estão sendo feitas seria frequentado por policiais militares que supostamente teriam envolvimento com milícias. A 1ª Vara Criminal da capital expediu mandado de busca e apreensão --a pedido da Promotoria-- para que as buscas pudessem ser realizadas.

De acordo com o MP, há, no sítio, uma espécie de sala de monitoramento, onde foram apreendidos um computador e três armas --duas de fogo e uma de compressão. No local havia ainda duas picapes e uma moto de luxo.

Morte misteriosa

A engenheira foi vista pela última vez no dia 14 de junho de 2008. Ela, que tinha 24 anos, estava voltando para casa de carro, depois de ir a uma festa no morro da Urca, na zona sul da cidade. O automóvel da vítima foi atingido por projéteis de arma de fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas, e ela perdeu o controle do veículo. A polícia vasculhou o local atrás do corpo, mas não obteve sucesso nas buscas.

Quatro policiais militares foram acusados por homicídio qualificado. A família tem convicção de que Patrícia foi assassinada. Os suspeitos são Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio de Oliveira Santos, todos lotados no 31º Batalhão de Polícia Militar (Barra da Tijuca).

A 6ª Vara Cível Regional do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca) declarou em junho de 2011 a morte presumida da engenheira.