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Polícia do Rio aposta em radar geológico para localizar ossada da engenheira Patrícia Amieiro

Do UOL, no Rio

11/07/2012 15h54

A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando um Radar de Penetração em Solo, também conhecido como "Georadar" ou GPR (Ground-penetreting Radar), nas buscas pelos restos mortais da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida desde 14 de junho de 2008.

As buscas foram retomadas nesta quarta-feira (11) em um sítio Itanhangá, na zona oeste do Rio, onde os investigadores localizaram, na terça-feira (10), roupas femininas e calçados que podem ter utilizadas pela vítima. Os agentes da DH contam com o apoio do Corpo de Bombeiros e de oficiais do Ministério Público. A equipe também utiliza uma retroescavadeira para vasculhar o local.

Em função das dimensões do aparelho (que pesa cerca de 10kg) e das limitações técnicas, os agentes da Polícia Civil encontram dificuldades para prosseguir com o mapeamento do terreno. O Georadar possibilita monitoramento de alta resolução em profundidades entre dez e 20 metros, além de um mecanismo de sondagem considerado de alta precisão.

O equipamento --geralmente utilizado para pesquisas geocientíficas, a exemplo da análise de rochas ornamentais e águas subterrâneas, e por empresas de construção civil-- emite ondas eletromagnéticas de alta frequência que indicam a existência de qualquer objeto que tenha sido enterrado no perímetro pesquisado.

Portanto, caso o solo do sítio em Itanhangá tenha sido revirado para que o corpo da engenheira desaparecida pudesse ser enterrado, a máquina utilizada pela Polícia Civil será capaz de apontar com precisão o local escolhido pelos hipotéticos criminosos.

Uma denúncia anônima levou os investigadores a realizar buscas na propriedade --que seria, segundo informações recebidas pelo Ministério Público, um ponto de encontro habitual entre policiais militares supostamente envolvidos com milícias. A 1ª Vara Criminal da capital expediu mandado de busca e apreensão --a pedido da Promotoria-- para que as buscas pudessem ser realizadas.

O promotor de Justiça Felipe Soares Tavares Moura, que acompanha as buscas, afirmou que ainda não é possível afirmar se as roupas encontradas na terça-feira (10) são ou não de Patrícia.